quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Tempestade solar em 2012, será realmente o fim da Terra?

A Nasa (agência espacial norte-americana) previu alguns anos atrás a ocorrência de uma intensa tempestade solar em 2012.

Segundo as estimativas da NCAR (Centro Nacional de Investigações Atmosféricas), ela seria 30% a 50% mais forte que a anterior e também a maior dos últimos 50 anos.

A tormenta solar não tem, porém, a capacidade de destruir fisicamente a Terra e tampouco as pessoas comuns precisam se precaver contra o fenômeno. Há sites na internet que chegam ao ponto de indicar guias de sobrevivência para a tormenta solar.

O calor que é emitido nas tempestades solares não chega à Terra, mas a radiação eletromagnética e as partículas energizadas podem afetar temporariamente as comunicações, como os GPS e os telefones celulares, da mesma forma que os furacões o fazem.

O prognóstico da próxima tempestade solar tem como base a intensificação da atividade solar, que surge em ciclos com cerca de 11 anos de duração, após longos períodos de calmaria do Sol. Mais recentemente, a Nasa estipulou como 2013 ou 2014 a data provável para acontecer o fenômeno.

A última tempestade solar de grande proporção é de 1958. Uma de suas consequências que costuma ser lembrada é que a aurora boreal pôde ser vista em regiões distantes como o México. (Fonte: Folha.com)

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Ministério do Meio Ambiente promove campanha para reduzir uso de sacolas plásticas

Continuando a divulgação de boas ideias, hoje retomo as postagens no blog com a segunda fase da campanha "SACO É UM SACO". Adote essa ideia você também.

O Ministério do Meio Ambiente lançou nesta segunda-feira (19), na Rodoviária de Brasília, a segunda fase da campanha Saco é um Saco, que tem por objetivo conscientizar a população para a redução do uso de sacolas plásticas.

A diretora do Departamento de Produção e Consumo Sustentável da Secretaria de Políticas Ambientais do MMA, Laura Valente, distribuiu sacolas reutilizáveis. Segundo ela, é preciso mostrar à população alternativas para que as sacolas plásticas não sejam mais utilizadas. “A melhor coisa a se fazer é consumir só aquilo que precisa. Use uma opção retornável em vez de uma que é danosa ao meio ambiente”, disse.

Ela defendeu campanhas mais efetivas para que a população se conscientize de evitar o uso de sacolas plásticas. “A conscientização é importante quando aliada com campanhas efetivas no setor de mercados, para que não disponibilize mais sacolas. A gente tem que reverter esse hábito de 50 anos”.

A estratégia de lançar a segunda fase da campanha no Natal é para chamar a atenção das pessoas quanto ao uso das sacolas plásticas nas compras de fim de ano. “A escolha da sacola plástica implica problemas para todos, como poluição do solo e mares e a degradação da biodiversidade. Tudo isso é consequência do padrão de consumo que temos e de como tratamos essa questão”, disse Laura Valente.

A campanha agradou a estudante de administração Adriana Batista. “Gostei muito da iniciativa das sacolas reutilizáveis. As pessoas precisam se conscientizar sobre preservação do meio ambiente para as próximas gerações”. Já a contadora Elza Nascimento defende ações mais eficazes dos órgãos que promovem a campanha. “O governo não faz campanhas suficientes. Elas sempre são deixadas de lado depois de algum tempo. Deveria haver maior cobrança e fiscalização. Mas essa campanha é um bom passo”, defendeu.

Uma sacola reutilizável de cinco metros, feita de banners reciclados, foi instalada no dia 15 de dezembro na Rodoviária de Brasília, onde ficará exposta por duas semanas. Foram distribuídos também panfletos informativos sobre ações sustentáveis. Esta segunda fase faz parte da campanha Vamos Tirar o Planeta do Sufoco, iniciada em São Paulo, em parceria com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e a Associação Paulista de Supermercados (Apas). Em São Paulo, mais de 100 municípios aderiram à campanha.
(Fonte: Agência Brasil)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Rio Grande do Sul: berço dos mamíferos?

Novos achados de fósseis no Brasil estão revolucionando o estudo sobre os passos evolutivos que levaram ao surgimento dos primeiros animais desse grupo, como mostra Alexander Kellner em sua coluna de dezembro.

CONFIRA TODA A NOTÍCIA EM

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

MAIS UMA APREENSÃO DE AVES SILVESTRES

Buscando divulgar as ações que resultam em apreensões de animais silvestres em todo o Brasil, hoje divulgo a ação ocorrida na fronteira oeste do Rio Grande do Sul. Divulgue você também que comercializar animais silvestres é crime.


Três homens acusados de tráfico de animais silvestres prestaram depoimento e responderão a processo em liberdade

A Polícia Federal apreendeu em Uruguaiana, no fim de semana, 14 araras, oito delas adultas e seis filhotes, que seriam comercializadas por traficantes de animais silvestres. O órgão recebeu denúncia de que um uruguaio, residente em Livramento, iria a Uruguaiana para buscar as aves.

Os policiais federais realizaram vigilância no local onde a transação ocorreria e conseguiram identificar o momento em que dois homens, de São Paulo, entregavam os animais ao outro que os aguardava. A entrega ocorreu no estacionamento de um hotel da cidade da região Fronteira-Oeste do Estado.

De acordo com o biólogo Luís Castro, que auxiliou na preservação dos exemplares, uma arara vive, em média, 30 anos, porém, fora do habitat, apenas uma em cada dez seria capaz de sobreviver. Uma ave adulta chega a ser comercializada por R$ 3,2 mil.

Os três homens foram detidos e encaminhados à Delegacia da Polícia Federal, onde foi lavrado termo circunstanciado e houve a apreensão dos animais. As araras ficaram sob a guarda do Ibama, que nesta segunda-feira vai encaminhá-las ao Criadouro Conservacionista São Braz, em Santa Maria. Foram apreendidos também os veículos dos três investigados, um Ford Ranger com placa uruguaia e dois Fiat Siena com placas brasileiras.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Extinção dos grandes mamíferos na Era do Gelo foi causada por conjunto de fatores

Os grandes mamíferos que habitavam a Terra há 50 mil anos, na chamada Era do Gelo, não foram extintos por uma só causa, como mudança climática ou caça excessiva, mas por causa de uma combinação de fatores. Na verdade, segundo cientistas dinamarqueses, os motivos da extinção variam de uma espécie para outra.

O estudo da Universidade de Copenhague mostrou que embora a mudança climática tenha sido o fator principal das mudanças populacionais ao longo dos últimos 50 mil anos, cada espécie respondeu de forma diferente ao efeito das alterações climáticas, redistribuição de habitat e invasão humana.

Usando amostras de DNA de animais daquela era, modelos de distribuição de espécies e registros fósseis de seres humanos, a equipe pode montar cenários sobre as mudanças populacionais em animais como mamute, boi almiscarado, rinoceronte lanudo, renas e cavalos selvagens. Há cerca de 50 mil anos a Eurásia e a América do Norte perderam aproximadamente 36% e 72%, respectivamente, desses grandes mamíferos, cujo grupo é conhecido como megafauna.

Sendo assim, eles afirmam que a mudança climática explica o desaparecimento de espécies da Eurásia, como o boi almiscarado e o rinoceronte lanudo. Já em relação à extinção do bisão e dos cavalos selvagens da Eurásia seria a combinação das mudanças climáticas com a ação do homem, ao passo que renas não foram afetadas por estes fatores.

“Não encontramos provas de que humanos caçaram boi-almiscarado ou que houve uma sobreposição geográfica. Este foi também o caso do rinoceronte-lanudo na Sibéria. No entanto, os rinocerontes tiveram sobreposição com humanos na Europa nos dois mil anos antes de desaparecerem, portanto não podemos rejeitar que os humanos tiveram impacto sobre eles”, disse ao iG Eline Lorenzen, coautora do estudo publicado no periódico científico Nature.

Mamutes e o grande mistério – Os cientistas não conseguiram definir quais foram as causas da extinção dos mamutes. “Não encontramos a prova do crime nos dados relativos aos mamutes. Não há prova clara de que humanos os tenham caçado até a extinção, e nós também não conseguimos estimar o tamanho populacional com base nos nossos dados climáticos, pois existem poucos fósseis de mamutes”, disse Eline.

Os pesquisadores também não encontraram provas de que um meteoro pudesse ser a causa da extinção dos mamíferos. “Pelo DNA de antigos sedimentos, sabemos que os mamutes sobreviveram na América do Norte até 10.500 anos atrás. Isto é, ao menos, 2,5 mil anos depois do hipotético impacto”, disse.

Os pesquisadores observaram que todas as populações estudadas cresceram de tamanho no início do ultima era glacial, o que se adequa à explicação de que estepes de tundra surgiram assim que o clima começou a ficar mais frio e mais árido. “Também vimos correlação entre o tamanho das populações, deduzido por dados genéticos, e o tamanho de população, deduzido por dados climáticos, e registros fósseis e concluímos que o clima coordenou as mudanças no tamanho da população nos últimos 50 mil anos”, disse. (Fonte: Portal iG)

Cientistas acham crânio de mamífero mais antigo da América do Sul

Paleontólogos argentinos acharam fósseis de ossos do crânio do mamífero mais antigo que já viveu na América do Sul, um animal conhecido como Cronopio dentiacutus.

Os ossos têm 100 milhões de anos e foram encontrados em 2006 no norte da Patagônia, na província argentina de Rio Negro, mas foram necessários vários anos para eles serem extraídos e analisados em laboratório.

A importância da descoberta é grande pois esses são os primeiros crânios encontrados desse tipo de animal e datam do fim do período Cretáceo. O achado preenche uma lacuna de 60 milhões de anos no registro fóssil dos mamíferos do continente, afirmaram os pesquisadores num estudo publicado nesta quarta-feira (2) na revista Nature.

‘Sabíamos que era importante por causa da idade das rochas e porque achamos crânios’, disse o paleontólogo argentino Guillermo Rougier, da Universidade americana de Louisville, que explicou que tudo o que se sabia até agora desses mamíferos era pelo estudo de dentes ou fragmentos de ossos.

Batizado Cronopio dentiacutus, era do tamanho de um pequeno roedor, media entre 10 e 15 centímetros de comprimento e se alimentava de insetos. A espécie viveu na mesma época dos dinossauros, há mais de 100 milhões de anos, e seu habitat natural eram planícies pluviais.

Os crânios revelam que o mamífero tinha longos dentes caninos, focinho estreito e uma cabeça curta e arredondada.

Segundo Rich Cifelli, professor de zoologia na universidade americana do Alabama, o descobrimento destes fósseis representa para a paleontologia o que foi a pedra Rosetta (que permitiu decifrar os hieróglifos) para a egiptologia.

‘Os novos fósseis são uma espécie de pedra Rosetta para compreender a genealogia dos primeiros mamíferos sul-americanos e onde eles se situam em relação ao o que conhecemos do norte do continente’, disse Cifelli. (Fonte: G1)

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Senado aprova nova Lei de Competências Ambientais

O Senado aprovou nesta quarta-feira (26) sem alterações o projeto enviado pela Câmara dos Deputados que trata de novas regras para licenças ambientais. Chamado de Lei de Competências Ambientais, o texto estabelece, em especial, as prerrogativas de órgãos estaduais, municipais e federais para atuar na fiscalização ambiental.

A nova lei também define o que é licenciamento ambiental, permite parcerias entre dois ou três entes federativos para atuar na fiscalização e estabelece regras para casos de multas em duplicidade. “Se houver duas multas de órgãos distintos, a que vale é a do órgão licenciador”, disse o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).

Na definição sobre as competências de órgãos de diferentes níveis de governo, fica estabelecido que caberá à União legislar sobre áreas indígenas, florestas e reservas federais, questões nucleares, fronteiras e questões que envolvam dois estados ou mais. Aos órgãos ambientais estaduais ficarão responsáveis por questões que envolvam mais de um município. Os municípios fiscalizarão e licenciarão obras e outras interferências ambientais ligadas a parques e reservas municipais e questões locais.

O projeto foi apoiado pelo governo e pela oposição. A senadora ruralista e líder do PSD, Kátia Abreu (TO), declarou que a aprovação do texto beneficia o país como um todo. Na opinião dela, a nova lei favorece os órgãos estaduais e municipais de fiscalização ambiental e impede a sobreposição de poderes. “Um mesmo lugar podia ser multado três vezes. Ele acaba com essa sobreposição, oferece tranquilidade aos cidadãos”, disse.

Já o ambientalista e relator do novo Código Florestal no Senado, Jorge Viana (PT-AC), vê o texto com cautela. Ele evitou criticar o projeto, mas indicou ser favorável a maior poder dos órgãos federais de controle ambiental. “Eu e o senador Luiz Henrique (PMDB-SC) [também relator do novo código] temos evitado estabelecer legislação concorrente [entre os estados, municípios e a União]. Nós entendemos que o governo federal deve estabelecer um regramento geral e os estados e municípios podem legislar, mas dentro desse regramento. Nós procuramos fortalecer o Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis] ”, declarou o senador.

Por ter sido aprovada sem alterações de mérito, a nova Lei de Competências Ambientais seguirá para a sanção presidencial. (Fonte: Mariana Jungmann/ Agência Brasil)

sábado, 22 de outubro de 2011

INSCRIÇÕES ABERTAS PARA A IV EDIÇÃO DO CURSO :MÉTODOS DE PESQUISA E AMOSTRAGEM NO ESTUDO DE VERTEBRADOS TERRESTRES. ACESSE www.cursovertebrados.blogspot.com e veja todas as informações.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Governo estuda privatizar serviços turísticos de parques nacionais

Os ministérios do Meio Ambiente e do Planejamento, juntamente com o Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio) firmaram acordo nesta quinta-feira (20) para a criação de um grupo de estudos que analisará a viabilidade de privatizar os serviços turísticos existentes nos parques nacionais do Brasil.

O documento de cooperação, assinado por Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, e Miriam Belchior, da pasta de Planejamento, vai avaliar modelos de parcerias público-privadas (PPPs) para melhorar, em um primeiro momento, a gestão de dez parques e expandir a receita destes lugares.

Serão analisadas propostas para os parques de Fernando de Noronha (PE), Chapada dos Guimarães (MT), Jericoacoara e Ubajara (CE), Sete Cidades e Serra das Confusões (PI), Lençóis Maranhenses (MA), além da Serra dos Órgãos, e os parques do Itatiaia e da Tijuca (RJ). A previsão é que o estudo seja concluído até o fim do segundo trimestre de 2012.

Segundo Rômullo Neto, presidente do Instituto Chico Mendes, o foco será na modernização da forma de conservação ambiental e atendimento ao turista. “Vamos trabalhar em cima das unidades como potencial de negócios. Na avaliação do ministério do Meio Ambiente, os 67 parques nacionais têm potencial de gerar anualmente cerca de R$ 500 milhões, que seriam revertidos em melhorias de infraestrutura e aplicação de medidas de proteção ambiental”, disse.

Melhor administração ambiental – Para ele, privatizar os serviços de gestão turística, como já acontece há dez anos no Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, na forma de concessão integral, é uma maneira de aumentar os trabalhos de conservação no país.

“Assim, técnicos, biólogos e outros funcionários do ICMBio podem se dedicar às atividades voltadas ao plano de manejo das unidades de conservação ou à legalização fundiária das áreas”, explica Neto.

Em maio, estudo divulgado pelo governo federal em parceria com o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), apontava que o Brasil possuía sérias deficiências na gestão de unidades de conservação (UCs). De acordo com o documento, as UCs funcionam atualmente com número reduzido de mão de obra, além de baixo orçamento para investimentos em infraestrutura.

O estudo revelava ainda que, apesar de o país agregar a quarta maior área do mundo coberta por unidades de conservação (1.278.190 km²), ficava atrás de nações mais pobres e menores quando quesitos como funcionários e orçamento por hectare eram comparados.

Deficiência – A Costa Rica, país da América Central com 4,5 milhões de habitantes, tem um funcionário para cada 26 km² de área e investe R$ 31,29 em cada hectare (10 mil m²). O Brasil, por sua vez, tinha um funcionário para cada 186 km² de florestas protegidas e aplica R$ 4,43 em cada hectare. O número é muito abaixo dos Estados Unidos, que aplica R$ 156,12 por hectare (35 vezes mais que o Brasil) e tem um funcionário para cada 21 km².

Para reverter esta situação, a ministra Izabella Teixeira prometeu durante o encontro desta quinta-feira dobrar o valor de investimentos do governo nas unidades, entretanto não divulgou quando isto deverá ter início.

Por ano, as UCs geram até R$ 4,55 bilhões com a exploração legal de recursos naturais (como madeira e borracha) e com a visitação de turistas em parques e florestas. O orçamento anual para este setor é de aproximadamente R$ 300 milhões, mas o próprio MMA reconhece que o ideal é que o valor seja ao menos R$ 600 milhões. (Fonte: Eduardo Carvalho/ Globo Natureza)

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

DNA de 'rato pelado' traz pistas para estudos antivelhice

da juventude eterna se esconde no DNA de um rato pelado? Colocada nesses termos, a possibilidade parece absurda, mas o genoma do roedor desnudo em questão --o rato-toupeira-pelado, ou Heterocephalus glaber, como preferem os cientistas-- talvez traga pistas importantes sobre como mamíferos como eles e nós envelhecemos e lidamos com o câncer.

Isso porque essa criatura sui generis, cujo DNA decifrado está sendo apresentado na edição de hoje da revista científica "Nature", é o Matusalém dos roedores.

Enquanto ratos mais vagabundos, como os que povoam esgotos e biotérios de universidades, têm expectativa de vida de uns dois anos, o H. glaber, nativo da savana da África Oriental, pode até chegar à casa dos 30.

À PROVA DE CÂNCER

O bicho aparentemente consegue isso sendo extremamente refratário a tumores, por exemplo. Em laboratório, os pesquisadores têm até dificuldade de induzir a formação de cânceres na espécie.

Também é quase imperceptível o processo de envelhecimento das criaturas. A mortalidade não aumenta com a idade (menos quando se chega perto da longevidade natural do bicho, claro), e a fecundidade também é alta durante a vida toda.

Alta, quer dizer, para os poucos ratos-toupeiras-pelados que conseguem se reproduzir.

Ocorre que o bicho é o paralelo mais próximo com os insetos sociais (como abelhas e formigas) no mundo dos mamíferos. Isso significa que, como as abelhas, os ratos têm "rainhas" --e elas são as únicas fêmeas do grupo que se tornam mães.

Grandalhonas --de novo, assim como ocorre com as abelhas-rainhas--, as fêmeas reprodutoras têm características hormonais especiais, suprimindo o desenvolvimento das companheiras.

A rainha se une a um pequeno número de machos, enquanto o resto da colônia é estéril, adotando funções de operários (abrindo os túneis onde os bichos vivem) ou soldados (defendendo o grupo de invasores).

SEGREDO NAS PONTAS

Essa lista de características únicas pode ser vista por um novo prisma graças ao genoma recém-soletrado, trabalho que foi coordenado por Vadim Gladyshev, da Escola Médica de Harvard (EUA).

Para começar, os pesquisadores verificaram que, entre os genes do bicho que os diferenciam dos demais mamíferos, estão os que coordenam a estrutura dos telômeros --as pontinhas dos cromossomos, os quais abrigam o material genético. Os telômeros estão justamente ligados à divisão e ao envelhecimento das células.

A tendência é que, conforme as células se dividem e envelhecem, os telômeros encurtem --e isso leva a uma série de problemas bioquímicos. Os bichos, pelo jeito, acharam um modo de contornar esse fenômeno comum.

Os dados de DNA também indicam que a criatura é mais eficiente na hora de fazer uma faxina nas proteínas do organismo que sofreram danos. E também mantém em funcionamento pleno as mitocôndrias, usinas de energia das células, durante todo o seu período de vida.

Finalmente, os pesquisadores liderados por Gladyshev também acharam genes que ajudam o bicho a sobreviver em condições de baixo teor de oxigênio. Agora, o desafio é aplicar os dados em estudos sobre doenças que afetam seres humanos.

TEÓRICO PREVIU BICHO

Quem diz que a teoria da evolução é incapaz de fazer previsões sobre uma forma de vida que ainda está para ser descoberta deveria ser apresentado aos ratos-toupeiras-pelados.

Isso porque, nos anos 1970, o zoólogo americano Richard Alexander sugeriu que hábitos sociais como os de abelhas e formigas poderiam muito bem evoluir entre mamíferos, se as condições fossem adequadas.

Para que isso ocorresse, ele afirmou que a espécie em questão teria de ser um roedor, vivendo debaixo da terra nos trópicos africanos, em ninhos facilmente defensáveis e com fonte de comida abundante na forma de grandes tubérculos.

Na época, os ratos eram conhecidos, mas nada se sabia sobre seus hábitos. Alexander estava certo.
Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/989911-dna-de-rato-pelado-traz-pistas-para-estudos-antivelhice.shtml

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Tráfico de animais está dizimando fauna brasileira

Continuando com o assunto da notícia passada (Tráfico de animais) hoje publico informações obtidas do blog ra-bugio.blogspot.com sobre este mesmo assunto. NÃO COMPRE ANIMAIS SILVESTRES E DENUNCIE QUEM O FAZ. Se você acha que existe um monte de coisas erradas no mundo e ninguém faz nada seja o primeiro a tomar uma atitude.
Apreensão de filhotes de papagaio feita pela Polícia Ambiental do Estado de São Paulo em Presidente Prudente (SP), dia 28/09/2011 - Foto: Divulgação da Polícia Militar Ambiental de São Paulo.
Época de reprodução na natureza, época dos traficantes faturarem alto

Somente em três apreensões de setembro/2011 foram encontrados em poder dos traficantes mais de 1000 filhotes de papagaio. Imaginem quantos ninhos foram saqueados para obter esta quantidade de filhotes.

Que tragédia, Meu Deus! E tem gente que compra um filhote de papagaio achando que não tem nada a ver com este crime hediondo contra a vida. O tráfico existe porque tem consumidor.

Estes filhotes apreendidos mesmo que sobrevivam jamais poderão voltar para natureza. O destino será o cativeiro, até que a morte chegue para lhes aliviar o sofrimento


Ocorrência: 26/09/2011

Apreendidos 517 papagaios no trevo do ibó, em Belém do São Francisco (PE)

O Ibama foi acionado pela Polícia Federal em Pernambuco para fazer a autuação de dois homens presos, acusados de tráfico de animais silvestres na madrugada da última segunda-feira (26) na BR-316, no trevo do Ibó, em Belém do São Francisco/PE. Os infratores transportavam 517 papagaios num caminhão em condições precárias, amontoados em grades de ferro muito pequenas. Os animais seriam levados de Juazeiro/BA para Caruaru/PE e Maceió/AL. A Polícia Federal acredita que as aves seriam comercializadas na feira de Caruaru ao preço que varia de R$ 100,00 a R$ 200,00 e uma rede de traficantes de animais silvestres pode estar atuando na região, utilizando as BRs 428, 316 e 232 como rota de escoamento das aves. O Ibama aplicou uma multa no valor de R$ 5,17 milhões a cada um dos presos. No início da tarde, as aves foram transportadas para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) em Recife.


Ocorrência: 28/09/2011

Apreensão de 200 filhotes de papagaio

----- Original Message -----
Sent: Friday, September 30, 2011 5:35 PM
Subject: ocorrência de tráfico de animais silvestres do MS para a Capital de SP

Senhores, boa tarde!

Trata-se de uma apreensão realizada por uma de nossas Patrulhas Ambientais, no município de Presidente Prudente.

A ocorrência foi atendida na madrugada de quarta-feira passada e culminou com a apreensão de 200 filhotes de papagaio que estavam sendo traficados do Mato Grosso do Sul e tinham como destino a Capital.

Infelizmente, cerca de 50 filhotes já estavam mortos.

Os filhotes foram destinados a uma instituição da região para os devidos cuidados.

Contra os traficantes foram arbitradas multas que totalizaram R$ 311.500,00, além da responsabilização penal imposta.

O resultado, em que pese indesejado, decorre da intensificação das ações de fiscalização desencadeada em todo o Estado.


Coronel PM - Comandante
Comando de Policiamento Ambiental
Rua Colônia da Glória, 650 - Vila Mariana - CEP 04113.001 - São Paulo - Capital
Fone: (11) 5082.3330

"JUNTOS, FAREMOS UMA POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL CADA VEZ MAIS FORTE".
Ocorrência: 16/09/2011

R7 Noticias Do MS Record - Divulgação/PMA

Dupla é presa com 306 filhotes de papagaio em MS.
Aprensão de filhotes de papagaios feita pela Polícia Rodoviária Federal em Bataguassu (MS), no dia 15/09/2011. O destino era a capital paulista. Foto: Divulgação da Policia Militar Ambiental de São Paulo.

Aves foram encontradas dentro de uma caixa em um carro na BR-267

Além dos papagaios, foi apreendido um filhote de arara

Dois homens foram presos na quinta-feira (15), na rodovia BR-267, na região de Bataguassu (MS), com 306 filhotes de papagaio e um filhote de arara, que estavam em caixas dentro de um veículo. Após perseguição policial, eles tentaram fugir, abandonando o veículo na estrada, mas foram detidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). As informações são do MS Record.

Os suspeitos, que moram em São Paulo, foram autuados pela PMA (Polícia Militar Ambiental) da cidade em R$ 153.500 cada um e foram encaminhados à Polícia Civil.

Os animais foram recolhidos pela polícia e foram transportados para o CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), em Campo Grande.

Tráfico
De acordo com a Polícia Militar Ambiental, de setembro a dezembro, é período de reprodução do papagaio, a espécie mais traficada em todo o Mato Grosso do Sul. Nesta época, são realizados trabalhos preventivos nas propriedades rurais, por meio de informação da legislação e educação ambiental, para evitar o aumento do tráfico de animais silvestres.


Apreensões
A última apreensão da espécie ocorreu no último sábado (10), quando foram apreendidos 144 filhotes no distrito de Casa Verde, Nova Andradina.

Segundo levantamento da PMA, a região principal do problema está situada entre os municípios de Batayporã, Bataguassu, Ivinhema, Novo Horizonte do Sul, Anaurilândia, Três Lagoas, Santa Rita do Pardo, Nova Andradina e Brasilândia.

Nestas áreas, os policiais estão em constante monitoramento do movimento dos traficantes.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Filhotes de pássaros atraem mais de cem voluntários ao Ibama no Recife

Quinhentas aves foram apreendidas e não havia gente para alimentá-las.
Órgão pediu ajuda pela internet e moradores se organizam em turnos.

Uma apreensão de 517 filhotes de papagaios, papagaios-galegos e maritacas que ocorreu na última semana em Pernambuco tem movimentado a sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), de Recife.

A pouca quantidade de funcionários no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) para cuidar dos espécimes, que recebem alimentação pelo menos três vezes ao dia e precisam ser observados constantemente, chamou a atenção de mais de uma centena de voluntários, que passaram a frequentar diariamente o local.

Os filhotes, encontrados na caçamba de um caminhão na região de Juazeiro, seriam comercializados ilegalmente em Petrolina e em Recife. Eles estavam em gaiolas, em más condições, e precisavam ser socorridos com urgência para que não morressem.
Com apenas três funcionários, o Cetas teve que pedir ajuda. Segundo Edson Lima, analista ambiental do Ibama, tudo começou com uma mensagem via e-mail para um grupo de cinco pessoas. “A mensagem foi colocada em sites de relacionamento e houve uma ‘explosão’ de voluntários nos procurando para alimentar esses animais”, disse Lima.
Outros cinco especialistas foram contratados temporariamente para dar conta. “Além deles, já contamos 133 voluntários e continuamos recebendo ligações de diversas pessoas. Tivemos que criar um esquema de grupos de dez pessoas por turno para alimentar os animais. Não estamos recusando ninguém, mas a preferência é para aqueles envolvidos com a biologia ou medicina veterinária”, disse Lima.

Necessidade
Como a base do Cetas em Recife é pequena, os papagaios e maritacas foram colocados em caixotes em uma sala improvisada. Por dia, são consumidos seis quilos de ração especial, ao custo de R$ 200.

“Além do alimento, precisávamos de seringas, luvas e óculos especiais para quem fosse cuidar dos bichos. Estamos tendo ajuda de duas organizações ambientais, uma brasileira e uma norte-americana, que estão nos doando os materiais”, disse Edson Lima.
Por pelo menos dois anos esses animais receberão tratamento especial, até conseguirem sobreviver sozinhos na natureza. Entretanto, devido à falta de espaço no Centro de Triagem e à possibilidade de novas apreensões ainda este ano, as aves serão distribuídas para o Centro de Manejo de Fauna da Caatinga da Universidade Federal do Vale do São Francisco, em Petrolina, e para um viveiro de uma igreja em Vitória de Santo Antão.

Crime ambiental
O comércio de aves, como os papagaios e a maritaca, é controlado pelo Ibama. Entretanto, Lima afirma que o tráfico de animais continua constante em Pernambuco, apesar do reforço na fiscalização feito por agentes do instituto e pela Polícia Ambiental.

Segundo o Cetas, em todo ano de 2010, 5.843 animais foram apreendidos, sendo que mais de 5 mil eram aves. De janeiro até 19 de setembro de 2011, 5.072 animais foram levados ao centro para cuidados, sendo 4.478 aves. “Até o fim do ano, este número pode aumentar, pois o crime continua acontecendo”, disse o analista ambiental.
Os filhotes de papagaio e maritacas foram colocados em caixotes em uma sala improvisada do Cetas. O tratamento especial deve demorar dois anos, até que as aves possam ser reincorporadas à natureza (Foto: Reprodução/TV Globo

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Mamíferos já evoluíam antes da extinção dos dinossauros.

Um novo estudo sobre mamíferos indica que eles começaram a se diversificar muito antes do que se pensava. Isso teria sido há 80 milhões de anos, no período Cretáceo, e não como se pensava antes – acreditava-se que a maior diversificação dos mamíferos teria ocorrido logo após a extinção dos dinossauros, há 65 milhões de anos.

A pesquisa, liderada por Robert Meredith, do Departamento de Biologia da Universidade da Califórnia, analisou dados moleculares de 164 espécies de mamíferos, trazendo nova luz sobre como e quando eles se diversificaram e começaram a ocupar diferentes nichos ecológicos ao redor do planeta.

“Embora estudos anteriores tenham elucidado as relações entre os mamíferos, este é o primeiro a examinar as relações e os tempos de divergência entre as famílias de mamíferos usando uma reunião de dados de um grande número de genes diferentes”, disse Meredith ao iG.

Segundo Mark Springer, coautor do estudo publicado na revista Science nesta quinta-feira (22), os resultados sugerem a ocorrência de dois eventos na história da Terra que atuaram de forma importante na diversificação dos mamíferos.

“O primeiro deles foi a radiação de plantas com flores durante a Revolução Terrestre do Cretáceo, que muito provavelmente impulsionou uma importante diversificação taxonômica dos mamíferos cerca de 80 milhões de anos atrás. E a segunda teria sido a abertura de um espaço para a aceleração da diversificação morfológica dos mamíferos após a extinção dos dinossauros”, afirmou Springer, do Departamento de Biologia da Universidade da Califórnia.

O boom dos mamíferos – Segundo o novo estudo, o grande momento de diversificação dos grupos de mamíferos não teria sido após a extinção dos dinossauros, e sim antes.

Os mamíferos têm a mesma idade que os dinossauros, mas a ideia que se tem é a de que teriam apresentado pouca diversidade durante muito tempo, de acordo com Eduardo Eizirik, da Faculdade de Biociências da PUC-RS, coautor do estudo publicado na Science. Foi durante seu trabalho de doutorado no Laboratório de Diversidade Genômica dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, em Maryland, que Eizirik se uniu a outros colegas, incluindo o grupo de Mark Springer, para investigar a evolução dos mamíferos, resultando em uma série de estudos sobre este tema.

Por mais de 100 milhões de anos, os mamíferos teriam mantido uma estrutura bastante primitiva, perdendo na corrida com os dinossauros e só conseguido se diversificar expressivamente após a extinção deles. Mas o estudo apresentado agora prova que a equação não é tão simples assim. Há uma diversificação dos mamíferos anterior à extinção dos dinossauros.

“Os principais grupos de mamíferos já estavam formados antes de os dinossauros desaparecerem, e a diversificação entre os grupos teria ocorrido em lugares diferentes do planeta. Eles eram muito parecidos, mas já estavam formando linhagens próprias antes mesmo da extinção dos dinossauros”, comenta Eizirik em entrevista ao iG.

“Quando os dinossauros se extinguiram houve também diferenciação dos mamíferos, mas não tão intensa como ocorreu 15 milhões de anos antes. Nossos artigos anteriores já demonstravam que o pico da diferenciação teria sido anterior à extinção dos dinossauros, mas não detalhavam quando isso teria ocorrido. Agora, temos essa resposta”, completa.

Segundo Springer, o estudo fornece uma estrutura para muitas outras linhas de investigação, incluindo um roteiro para projetos futuros de sequenciamento de genomas. (Fonte: Tatiana Tavares/ Portal iG)
O RESUMO DO ARTIGO PODE SER VISUALIZADO EM:
http://www.sciencemag.org/content/early/2011/09/21/science.1211028.abstract

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Mudanças genéticas causadas pelo ambiente somem após gerações

Uma discussão tão antiga quanto a teoria da evolução de Charles Darwin ganhou novos rumos com a publicação de um estudo da Sociedade Max Planck de Biologia do Desenvolvimento, em Tübingen, na Alemanha. O artigo publicado pela revista científica “Nature” mostra que mudanças genéticas causadas pelo ambiente não se perpetuam nas espécies.

A equipe liderada por Detlef Weigel usou plantas do gênero Arabidopsis para determinar a frequência e a localização das chamadas mudanças epigenéticas – alterações no DNA provocadas pelo ambiente em que o ser vive. Dez linhagens da planta foram cultivadas separadas uma da outra, reproduzindo com autofertilização.

Após 30 gerações, eles encontraram 30 mil mutações. O esperado era que fossem mil por geração, mas quando os cientistas estudaram esses indivíduos perceberam que esse número ficava entre 3 mil e 4 mil. Diante disso, concluíram que muitas das alterações epigenéticas não eram estáveis e os genes voltavam ao estado original depois de algumas gerações.

A descoberta mostra que a influência das mudanças epigenéticas sobre a evolução é bem menor do que se imaginava. “Só quando a seleção vence essa anulação é que as epimutações afetam a evolução”, afirmou Jörg Hagmann, um dos autores da pesquisa. Essa mutação tem que ter uma vantagem evolucionária muito forte para se estabelecer e não ser perdida com o tempo. (Fonte: G1)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Grupo leva pontes para macacos à área urbana de Porto Alegre/RS

Voluntários em Porto Alegre (RS) irão instalar pontes para a travessia de animais silvestres na zona sul da cidade. Integrantes do Programa Macacos Urbanos – um grupo formado por biólogos, veterinários e outros defensores da natureza – irão pendurar sobre ruas do bairro Lami duas pontes que foram criadas para ajudar na movimentação de macacos bugios.

As duas novas estruturas vão se somar a outras sete que já estão em uso. Antes da iniciativa, os bugios eram atropelados, eletrocutados nos fios da rede elétrica ou atacados por animais domésticos. Apesar de pensadas para os macacos, as pontes também têm ajudado outros animais, como gambás e ouriços, de acordo com Renata Pfau, bióloga voluntário do programa.

Segundo ela, há registros fotográficos – feitos por câmeras escondidas – e também relatos de moradores sobre a utilização das pontes pelos animais. O grupo começou a instalação das estruturas em 1995 e depende, principalmente, da venda de camisetas para conseguir recursos financeiros. O programa é vinculado à Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a ação de domingo é aberta à participação da comunidade, começando às 14h na Estrada Passo da Taquara.

Vitória no Ministério Público – Além de criar alternativas para a travessia de animais em zonas urbanas, o grupo de voluntários conseguiu obrigar a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) a encapar os fios elétricos que ameaçavam a vida dos bugios. Após abrir uma denúncia no Ministério Público por maus tratos aos animais com o argumento de que a companhia possuía a tecnologia necessária para evitar o eletrocutamento de animais, mas não a utilizava, a CEEE ficou obrigada a isolar os fios em todas as áreas onde há registro de morte, queimaduras ou perda de membros nos animais devido a choques elétricos.

Inspiração – O Programa Macacos Urbanos prestou consultoria ao Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, em São Paulo, que enfrentava um problema semelhante ao da zona sul de Porto Alegre. Bugios do Zoológico de São Paulo atravessavam uma grande avenida para circular entre o zoo e o parque e muitos foram atropelados na via. Hoje, duas passarelas conectam as áreas e ajudam bugios e preguiças a se movimentar com segurança. (Fonte: Portal Terra)

sábado, 17 de setembro de 2011

Energia extraída do sol da caatinga.

Um grupo de investidores quer construir na Paraíba, na área mais luminosa do Brasil, a primeira grande usina solar do país e da América do Sul.

A tórrida cidade de Coremas, no sertão da Paraíba, poderá se tornar em 2012 um nome tão familiar aos brasileiros quanto Itaipu ou Angra – bem, talvez não tão famoso, mas certamente mais admirado pelos ambientalistas. O município de 15 mil habitantes, localizado num ponto especialmente quente do sertão nordestino, foi escolhido por investidores como local de construção da primeira grande usina solar do país. “Grande”, entenda-se, para os padrões ainda modestos do universo da energia solar: o projeto prevê capacidade inicial de 50 megawatts, suficiente para abastecer 90 mil residências.

O complexo nuclear de Angra tem capacidade quase 70 vezes maior. Mesmo assim, a obra em Coremas será um marco, por colocar (ainda timidamente) a energia solar no mapa da geração em grande escala no Brasil. A princípio, a usina poderá participar, até abril, dos leilões periódicos de energia que garantem o suprimento do país para o resto da década. As obras deverão começar no próximo ano e terminar até 2015.

Até hoje, o uso da luz solar para produzir eletricidade recebe mais elogios que investimentos. Trata-se de uma fonte inesgotável e limpa, que não emite resíduos, não exige desmatamento, alagamentos ou desvio de curso de rios, nem assusta com a possibilidade de vazamento de radiação. Com tantos predicados, ela nem aparece nos gráficos que mostram a contribuição de cada fonte de energia nos totais de geração global ou brasileira. A situação tende a mudar um pouco até 2020, quando a luz do sol deverá responder por 51 terawatts de capacidade geradora no mundo inteiro – um décimo da capacidade das usinas eólicas (que produzem energia a partir do vento) e 0,2% do total global, segundo previsões do Ministério de Minas e Energia. A energia solar passaria então a ser um risquinho visível nos gráficos. “A viabilidade econômica ainda é um problema, mas seria bom o Brasil contar mais com essa fonte. A tecnologia a ser usada funciona”, diz o físico José Goldemberg, ex-secretário nacional de Ciência e Tecnologia e especialista em energia.

A tecnologia prevista para Coremas é bem diferente dos tradicionais painéis fotovoltaicos, as chapas que transformam a luz solar em corrente elétrica e podem ser vistas em telhados, postes, pequenos dispositivos eletrônicos e também na Usina de Tauá, no Ceará – atualmente, a maior solar do Brasil, obra do empresário Eike Batista, com capacidade de 1 megawatt. Coremas se baseia em outro processo, de concentração de energia, também chamado heliotérmico: espelhos côncavos concentram os raios solares em um tubo, por onde passa um fluido especial, de tecnologia israelense. O fluido, aquecido a centenas de graus, corre pela tubulação até uma caldeira, transforma a água em vapor e o vapor move as turbinas. Há pelo menos dez usinas similares em construção ao redor do mundo. A maior obra já em andamento, três vezes maior que a brasileira, fica em Lebrija, na Espanha. O maior projeto em estudo, oito vezes maior que o de Coremas, prevê uma usina no Deserto da Califórnia, nos Estados Unidos.

A obra tem sentido do ponto de vista técnico, por produzir energia limpa numa área infértil, que dificilmente seria usada para outro fim econômico, e onde é relativamente fácil administrar o risco e o impacto ambiental – situação bem diferente do que ocorre com o aproveitamento de rios para geração hidrelétrica e com os projetos de geração nuclear. Os empresários responsáveis pelo projeto, todos do setor financeiro, trataram de aumentar seu apelo ambiental. Querem garantir a produção de energia à noite com a queima de restos de coco, o que pode diminuir o volume desse resíduo na região (a produção anual na região é de 300.000 toneladas). Além disso, os painéis concentradores de energia seriam colocados a 3 metros do chão, para formar uma estufa sombreada de 60 hectares. “Dá para plantar com alta produtividade ali, isso já foi comprovado nos Estados Unidos. Seria um benefício adicional para a região”, diz Sergio Reinas, um dos sócios da Rio Alto Energia, dona do projeto de Coremas.

As ideias são boas, mas ainda não garantem a viabilidade do projeto, com custo estimado em R$ 325 milhões (R$ 15 milhões já investidos pelos sócios) e à espera de financiamento. “A energia solar não vingou até hoje no Brasil porque custa muito e a hidrelétrica é barata, tem saído por R$ 80 por megawatt-hora”, diz o economista Alexandre Rands, professor da Universidade Federal de Pernambuco e especialista em economia do Nordeste. “Para ser lucrativa, uma empresa de energia solar precisaria oferecer energia a uns R$ 140 e manter baixos os custos de manutenção.” O megawatt-hora a partir da luz solar ainda custa pelo menos R$ 200, o dobro do preço cobrado pelas fontes eólicas, a grande estrela do momento na geração limpa. “Mas é importante lembrar que a energia eólica custava R$ 150 há dois anos. Quando o negócio começa a se tornar atraente, mais gente entra e o preço cai”, diz Álvaro Augusto Vidigal, outro sócio da Rio Alto. A população de Coremas já comemorou a venda de terrenos. Com um pouco de sorte, o resto do Brasil também poderá celebrar a novidade.
Fonte: Revista Época

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Um matador de onças a menos no Pantanal Sul Matrogrossense.

Polícia ambiental prende suspeito de caçar onças no Pantanal em MS.

Um homem foi preso nesta quarta-feira (14), em Porto Murtinho, a 454 quilômetros de Campo Grande, suspeito de caçar onças na região, localizada no Pantanal sul. Segundo a polícia, ele disse que teria sido contratado por produtores rurais e recebia R$ 1 mil por serviço. Foram apreendidas peles de três onças-pintadas, uma onça parda e uma jaguatirica.

A PMA informou que havia recebido denúncias de que um homem se apresentava a moradores na região de Porto Murtinho como caçador de onças e que teria sido contratado por fazendeiros. A polícia começou a investigar e encontrou o suspeito, em uma fazenda distante 62 quilômetros do município.

O suspeito, de 39 anos, mora em Bodoquena, a 260 quilômetros de Campo Grande e foi encontrado enquanto conduzia um trator em estrada vicinal. O homem confirmou que era caçador. Com ele, foi apreendida a pela de uma onça pintada, medindo aproximadamente 2,18 metros, abatida há pouco mais de dois dias.

Segundo a PMA, o homem disse que havia caçado ainda outros quatro animais e indicou onde havia escondido as peles, em um canavial. O material foi encontrado e confiscado, além da cabeça de um felino.

O suspeito explicou que matava os animais em sistema conhecido como jirau, em que fica à espera do felino, no alto das árvores e o atraía com uma isca.

Os restos dos animais e o trator foram apreendidos. O suspeito foi levado para a Polícia Civil de Porto Murtinho para esclarecimentos e liberado. Ele foi multado em R$ 50 mil pelo crime ambiental de abate de animais, pena prevista de seis meses a 1,5 ano de detenção, já que os animais constam da lista de espécies em extinção.

De acordo com a PMA, caso seja caracterizada a prática de caça profissional, a pena é triplicada, chegando a quatro anos e cinco meses de detenção. O suspeito já foi denunciado anteriormente por porte ilegal de arma. (Fonte: G1)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Foca albina excluída do bando é resgatada na Rússia

O animal raro foi salvo por uma equipe de um santuário marinho.
O filhote era quase cego e não iria sobreviver sozinho na natureza.

Foca solitária em ilha na Russa (Foto: Carters News Agency)Filhote de foca albina não se aproximava do grupo (Foto: Carters News Agency)

Um fotógrafo russo ajudou a resgatar um filhote de foca albina na ilha de Tyuleniy, no oeste do Pacífico, na Rússia. Anatoly Strakhov encontrou o filhote escondido entre pedaços de madeira na praia. “Quando o vi, sabia que ele era diferente, ele tinha uma cor muito estranha e não era como os outros dois irmãos pretos”, disse Strakhov ao jornal “Daily Mail”.

O fotógrafo percebeu que o animal era excluído pelo bando. “Eu fiquei meia hora fotografando e estava satisfeito por poder fotografar um animal tão raro”, disse Anatoly. “E vi que o filhote não estava brincando com os irmãos, só estava se escondendo e esperando por sua mãe para vir alimentá-lo”.

O filhote é portador de uma rara mutação genética. Por ter olhos claros, a foquinha era quase cega e não iria conseguir sobreviver sozinha na natureza. O filhote foi resgatado pela equipe do Santural Nacional de Gweek, no Reino Unido, que estava na região estudando golfinhos com o fotógrafo.

“Existem muitas variações da cor dentro de espécies de focas. Mas não há como negar que é raro ver um filhote de foca com o pelo tão claro e com olhos azuís. Eu nunca vi uma foca assim antes”, afirmou Tamara Cooper, chefe da equipe que fez o resgate do filhote solitário.
Fonte:g1.globo.com

sábado, 10 de setembro de 2011

Rato farejador de minas terrestres

Um projeto desenvolvido na Colômbia treina ratos de laboratório para encontrar minas terrestres, enterradas em áreas que cobrem mais de 70% do território do país.
Como os roedores são extremamente leves, eles não detonam os explosivos com o peso do próprio corpo, podendo substituir cães e homens na tarefa de encontrar as minas antipessoais.
O estudo, iniciado há quatro anos no Laboratório de Comportamento Animal da Escola de Pós-Graduação da Polícia Nacional da Colômbia, em Bogotá, mostra que os camundongos precisam treinar por três meses até ficar aptos a encontrar as minas.
A veterinária Luisa Fernanda Méndez, idealizadora do projeto, disse à BBC Brasil que a ideia surgiu com a necessidade de acelerar o processo de desativação de minas na Colômbia, primeiro colocado no ranking de minas terrestres depositadas no mundo.
"Existem explosivos e bombas enterradas em 78% do território colombiano e, como ratificamos a Convenção de Ottawa (que proíbe minas terrestres), temos de avançar na missão de desativar as minas no país", diz Luisa.
Atualmente, segundo ela, este trabalho é feito por cães policiais treinados e por militares, que muitas vezes detonam os artefatos somente ao tocá-los, e acabam feridos ou mortos.
Entre 2006 e 2010, 23 cães e 220 soldados foram mortos ou feridos pelas minas. Assim, Luisa tomou como exemplo uma pesquisa realizada com roedores da Tanzânia, usados para encontrar bombas, para criar uma opção para desativar os explosivos.
Ela afirma que o modelo não deu certo no país africano devido ao peso dos roedores, que tinham em média 750 gramas - um artefato pode ser ativado com mais de 500 gramas de contato por pressão ou arrastamento.
"Começamos a pensar em um animal capaz de seguir instruções e de rastrear. Tentamos ratos silvestres, mas devido à cor, os perdíamos facilmente no ambiente natural. Depois tentamos gatos, mas obtivemos êxito com os ratos brancos", diz.
"Em média, (os camundongos) encontram as minas em 86% das buscas, sendo que alguns alcançam a marca de 95% de acertos e não detonam os explosivos porque pesam cerca de 450 gramas", afirma Luisa.
Socialização
O trabalho de adestrar os ratos para encontrar as minas já começa nas primeiras horas de nascimento. Luisa e seu assistente, o subtenente Erick Guzman, participam de todo o processo e colocam nomes nos ratinhos já nas suas primeiras horas de vida.
"Nós os chamamos pelos nomes – Sofia, Matteo e Paco, por exemplo – e ficamos em contato direto, para que se acostumem aos seres humanos", diz a veterinária.
Além disso, o laboratório tem dois gatos, que no início foram usados para "demarcar território" e impedir a entrada de outros gatos que vivem nas redondezas e que entravam no local para atacar os ratos.
A integração entre os felinos e os ratos é tão grande que eles também participam das atividades de treinamento dos pequenos filhotes.
"O ambiente é o mais adaptado possível às condições externas, e os ratinhos fazem visitas aos escritórios do centro de treinamento para se socializar. Esse é o primeiro passo para que eles não se sintam estressados ou desconfortáveis", diz a pesquisadora.
Treinamento
A primeira parte do treinamento é feita com os filhotes em labirintos dentro do laboratório e depois em campo aberto. A etapa seguinte é feita em campo aberto, em um ambiente simulado.
Os camundongos são treinados para encontrar os sete tipos de artefatos e explosivos mais comuns na Colômbia. Os roedores são ensinados a buscar as minas por meio de comandos de voz.
"Isso é feito a até 10 metros de distância entre nós e os ratos, o ideal para ter segurança na atividade no ambiente real", diz a veterinária.
Segundo ela, quando os camundongos encontram a mina, ficam quietos e esperam pela recompensa: um torrão de açúcar.
Quando os ratos encontram as minas, segundo Luisa, as equipes especializadas têm uma média de 4 a 5 minutos para desarmar os artefatos.
A primeira experiência com minas ativas e em ambiente real será feita em dezembro deste ano.
Bem-estar animal
A veterinária brasileira Ekaterina Botovchenco Rivera, membro ad hoc da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), considera este trabalho um bom exemplo.
"A balança tem que estar em quase equilíbrio, pesando mais para o bem-estar dos animais. Aqui nós vemos a busca desse bem-estar, na proposta de substituir o cão, que sofre, por outra espécie que poderá não ser vitimada", disse Rivera à BBC Brasil.
A especialista também elogiou o modo como é realizado o treinamento, por meio da recompensa positiva, fazendo com que os animais colaborem de forma espontânea.
Fonte:IG

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Estudo genético com lagartos pode ajudar a decifrar a evolução humana.

Esta matéria é uma sequência da matéria que foi publicada ontem neste blog, para entender melhor aconselho a leitura da matéria que esta logo abaixo para depois ler esta.

Um estudo publicado nesta quarta-feira (31) na revista “Nature” afirma que pesquisadores dos Estados Unidos desvendaram o genoma do lagarto anole-verde, fato que vai ajudar a descobrir o que há de semelhante entre o genoma humano e dos répteis, desde que os ancestrais dos dois grupos se separaram, com a evolução das espécies, há 320 milhões de anos.

Os elementos “não codificados” do genoma humano são um dos principais pontos da pesquisa. São regiões que permaneceram inalteradas por milênios, mas que não possuem genes codificadores de proteínas, ficando inativos. Uma das grandes dúvidas dos cientistas é de onde surgiram esses elementos no DNA dos humanos.

Uma das hipóteses é que eles sejam resquícios de “elementos de transposição”, trechos do DNA que são capazes de se movimentar de uma região para outra dentro do genoma de uma célula. Nos seres humanos, muitos desses genes perderam sua capacidade de salto, ou seja, de transposição. Porém, em lagartos anoles eles continuam ativos.

“Os anoles são uma biblioteca viva de elementos de transposição”, diz Jessica Alföldi, co-autora da pesquisa, realizada pelo Instituto Broad da Universidade de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusets (MIT), nos EUA. Nos seres humanos existem cerca de 100 elementos não codificados, que são derivados desses genes “saltadores”. “Nos lagartos esses elementos continuam saltitando, porém a evolução os tem usado para seus próprios fins em algo diferente nos humanos”, afirma Jessica.

Adaptação – O estudo também pode ajudar a compreender como as espécies de lagartos evoluíram nas Grandes Antilhas, no Caribe. Tal como os tentilhões de Darwin, as aves que por suas características diferentes de bicos, inspiraram o cientista inglês a escrever “A Origem das Espécies” (1859) e a elaborar a teoria da evolução, os lagartos anoles são adaptados para preencher todos os nichos ecológicos da ilha.

Alguns possuem as pernas curtas e podem caminhar ao longo de galhos estreitos; outros são de cor verde com almofadas no dedão, adequadas para viver no alto das árvores; outros são amarelos e alguns podem viver na grama, e não em árvores. Porém, uma diferença em relação às espécies estudadas por Darwin estes lagartos é que os anoles evoluíram de quatro diferentes formas, nas ilhas de Porto Rico, Cuba, Jamaica e Hispaniola.

O lagarto anole-verde é nativo do Sudeste dos Estados Unidos e é a primeira espécie de lagarto com o seu genoma totalmente sequenciado e montado. Muitos pesquisadores mapearam mais de 20 genomas de mamíferos, mas a genética dos répteis ainda é relativamente inexplorada. (Fonte: Globo Natureza

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Genoma de lagarto explica evolução dos vertebrados.


O genoma de um dos primeiros répteis da terra, o lagarto Anolis verde (Anolis carolinenesis), foi decifrado, o que permite compreender melhor a evolução dos mamíferos e de outros vertebrados, cujos ovos se adaptaram à reprodução fora do ambiente marinho, segundo estudo publicado na revista científica Nature, nesta quarta-feira(31/08).

O aparecimento “do ovo amniótico”, que contém o líquido necessário para o desenvolvimento do embrião, foi “uma das maiores inovações da história da vida”, que permitiu a conquista do meio terrestre, afirmam os cientistas encarregados da pesquisa.

Com ovos dotados de seu próprio micro-ambiente aquático, os vertebrados não tinham mais a necessidade de encontrar depósitos de água para se reproduzir.

Há 320 milhões de anos, os vertebrados “amniotas” se separaram em duas linhagens: mamíferos e répteis, aves incluídas.

“Às vezes é preciso tomar certa distância para aprender como o genoma humano evoluiu”, afirmou Jessica Alfoldi (Broad Institute, no qual estão associados a Universidade de Harvard e o MIT, dos Estados Unidos), principal autora deste estudo.

O genoma do lagarto Anolis verde norte-americano (Anolis carolinensis) contém 18 pares de cromossomos, dos quais 12 de tamanho pequeno (microcromossomos), como o cromossomo sexual X, que foi identificado.

Dessa forma, os cientistas descobriram muitos genes relacionados com a visão das cores nos lagartos, que podem perceber ultravioletas, diferentemente dos seres humanos.

A análise do DNA do lagarto também apresentou novos esclarecimentos sobre a origem de muitos elementos do genoma humano que não servem para codificar a síntese das proteínas.

Os cientistas supunham que estes elementos, inalterados há milênios, podiam provir de antigos “transposons” (ou elementos de transposição), ou seja, pequenos segmentos capazes de se mover dentro do DNA e que podem ter sido copiados em múltiplos exemplares no interior do genoma humano.

O gênero dos “Anolis é uma biblioteca viva de elementos de transposição”, destacou Jessica Alfoldi, afirmando que no lagarto, os genes “continuam saltando de um lado para o outro” dentro do genoma.

Comparando os elementos móveis do genoma do lagarto com o DNA humano, a equipe de cientistas descobriu que uma centena de elementos não codificáveis do genoma humano provêm desses “genes saltadores”. (Fonte: Portal iG)

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Ave muda canto devido a barulho urbano e fica menos atraente.


Os pássaros que vivem nas cidades estão cantando em uma frequência mais alta para serem distinguidos pelas fêmeas no meio do balbúrdia urbana.

Essa mudança causa, entretanto, um contratempo na hora do acasalamento: quanto mais alto o canto, menos sexualmente atraentes os machos se tornam.

Em uma comparação bem simplista, seria o equivalente a uma cantada no interior de um bar barulhento. Um homem elevaria a voz para ser ouvido pelas mulheres ao redor, mas ao fazer isso, também correria o risco de ser desprezado por falar alto.

Para chegar a conclusões com os pássaros, os pesquisadores acompanharam o comportamento do chapim-real (Parus major).A espécie é bastante comum na Europa e Ásia.

Analisando a comunicação entre macho e fêmea, a paternidade das crias e as gravações com canto de aves com diferentes ruídos de fundo, a pesquisa concluiu que as os pássaros que cantavam em alta frequência atraíram bem menos fêmeas, em comparação com os demais.

Já os que mantinham a cantoria em baixa frequência eram mais propensos à, digamos, “fidelidade” da fêmea.

Publicado na revista “PNAS”, o estudo de autoria de Wouter Halfwerk e sua equipe da Universidade Leiden (Holanda) teve como proposta mostrar como o som das cidades afeta negativamente o canto dos pássaros.

Há até registro anteriores de aves que abandonaram por completo o canto da manhã e passaram a fazê-lo à noite para driblar a barulheira.
Fonte: Folha.com

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Novo rio subterrâneo na Amazônia pode ser o maior do mundo.

Indícios da existência de um rio subterrâneo, com a mesma extensão do Rio Amazonas, que estaria a 4 mil metros abaixo da maior bacia hidrográfica do mundo, foram divulgados neste mês em um estudo realizado por pesquisadores da Coordenação de Geofísica do Observatório Nacional (ON), no Rio de Janeiro.

O Rio Hamza nasce no Peru, na Cordilheira dos Andes, mesma região que o Rio Amazonas. “Essa linha de água permanece subterrânea desde sua nascente, só que não tão distante da superfície. Tanto que temos relatos de povoados daquele país, instalados na região de Cuzco, que utilizam este rio para agricultura. Eles sabem desse fluxo debaixo de terrenos áridos e por isso fazem escavações para poços ou mesmo plantações”, afirmou o pesquisador do pesquisador indiano Valiya Hamza do Observatório Nacional.

O fluxo da água deste rio segue na vertical, sendo drenado da superfície até dois mil metros de profundidade. Depois, próximo à região do Acre, o curso fica na horizontal e segue o percurso do Rio Amazonas, no sentido oeste para o leste, passando pelas bacias de Solimões, Amazonas e Marajó, até adentrar no Oceano.

“A água do Hamza segue até 150 km dentro do Atlântico e diminui os níveis de salinidade do mar. É possível identificar este fenômeno devido aos sedimentos que são encontrados na água, característicos de água doce, além da vida marinha existente, com peixes que não sobreviveriam em ambiente de água salgada”, disse.

Características – A descoberta é fruto do trabalho de doutorado de Elizabeth Pimentel, coordenado por Hamza. Ela indica que o rio teria 6 mil km de comprimento e entraria no Oceano Atlântico pela mesma foz, que vai do Amapá até o Pará. A descoberta foi feita a partir da análise de temperatura de 241 poços profundos perfurados pela Petrobras nas décadas de 1970 e 1980.

“A temperatura no solo é de 24 graus Celsius constantes. Entretanto, quando ocorre a entrada da água, há uma queda de até 5 graus Celsius. Foi a partir deste ponto que começamos a desenvolver nosso estudo. Este pode ser o maior rio subterrâneo do mundo”, afirma Hamza.

“Não é um aquífero, que é uma reserva de água sem movimentação. Nós percebemos movimentação de água, ainda que lenta, pelos sedimentos”, disse o pesquisador cujo sobrenome batizou o novo rio.

De uma ponta a outra – Apesar de ser um rio subterrâneo, sua vazão (quantidade de água jorrada por segundo) é maior que a do Rio São Francisco, que corta o Nordeste brasileiro. Enquanto o Hamza tem vazão de 3,1 mil m³/s, a do Rio São Francisco é 2,7 mil m³/s. Mas nenhuma das duas se compara a do rio Amazonas, com 133 mil m³/s.

“A velocidade de curso do Hamza é menor também, porque o fluxo de água tem que vencer as rochas existentes há quatro mil metros de profundidade. Enquanto o Amazonas corre a 2 metros por segundo, a velocidade do fluxo subterrâneo é de 100 metros por ano.

Outro número que chama atenção é a distância entre as margens do Hamza, que alcançam até 400 km de uma borda a outra, uma distância semelhante entre as cidades de São Paulo e o Rio de Janeiro.

“Vamos continuar nossa pesquisa, porque nossa base de dados precisa ser melhorada. A partir de setembro vamos buscar informações sobre a temperatura no interior terrestre em Manaus (AM) e em Rondônia. Assim vamos determinar a velocidade exata do curso da água”, complementa o pesquisador do Observatório Nacional. (Fonte: Eduardo Carvalho/ Globo Natureza)

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

MAIOR ZONA PROTEGIDA DO PLANETA

Cinco países africanos criam maior área protegida do mundo.
Área de conservação corresponde à metade do território da França e ligará 14 parques nacionais e reservas naturais.

Cinco países da África Austral assinaram esta quinta-feira em Luanda um tratado criando uma ampla zona protegida, de tamanho correspondente à metade da França, nas bacias dos rios Zambeze e Okavango, que tem por vocação se transformar em um paraíso do ecoturismo.

A área protegida de Okavango-Zambeze, situada entre os territórios de Angola, Botsuana, Namíbia, Zâmbia e Zimbábue, deve permitir religar catorze parques nacionais e reservas naturais entre estes países, e, sobretudo, as Cataratas Victoria e o delta do Okavango.

"É a maior zona protegida com vocação turística do mundo", afirmaram seus promotores, durante a assinatura do tratato, à margem de uma cúpula da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), em Luanda.

O projeto tem por objetivo a conservação da biodiversidade, o desenvolvimento sustentável das comunidades locais, o estímulo ao ecoturismo e o compartilhamento dos recursos da região.

A região é rica em espécies raras, especialmente leopardos, cães selvagens africanos, rinocerontes e antílopes negros. Também é habitada por cerca de 250.000 elefantes.
Fonte: ultimosegundo.ig.com.br

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

SACOS PLÁSTICOS

Você vai a farmácia comprar seu desodorante, seu comprimido de dor de cabeça, ou seu anticoncepcional e leva o produto pra casa dentro de uma "sacolinha" plástica? Vai ao supermercado e ainda utiliza as sacolas plásticas fornecidas? Vai na banca de revistas para comprar seu jornal e o atendente coloca dentro de um saco plástico? Vai no mercadinho da esquina e compra um caixa de bombons e leva na "sacolinha"?Pense nessa caixa de bonbons por um minuto...cada um dos bombons (20 aproximadamente)vem enrolado num papel aluminio, que vem enrolado num plástico, que está dentro da caixa de papel e esta enrolada em outro plástico e você ainda pede uma sacola plástica pra levar para sua casa, depois joga isso tudo dentro de outras duas sacolas(comumente colocadas aos pares, pois diversas apresentam furos) que está no seu lixeiro e depois isso tudo vai parar num lixão (aterro sanitário é privilégio de poucas cidades do país). Bem, se você faz ao menos uma dessas ações já esta na hora de mudar de atitude, ou melhor, TER ATITUDE. Ah, mas eu não sei o que fazer tio!!Não sabe???Bom, a primeira ação que você pode ter:deixe suas sacolas de pano ou TNT(supondo que você já possua, caso contrário compre uma no próprio supermercado) dentro do carro, quando chegar no supermercado basta pega-las no banco traseiro ou no porta-malas (dica, ao chegar em casa para descarregar as compras, faça isso e em seguida coloque-as dentro do carro novamente para não esquecer). Melhor ainda seria ir a pé ou de bicicleta, mas enfim, deixemos esse assunto para outro dia.Segunda dica: Tio, fui na farmácia e a moça do caixa colocou meu "anti" na sacolinha e me entregou. Não tem problema algum, tire seu "produtinho" da sacolinha cordialmente e agradeça a gentileza, mas fale que você vai levar na mão mesmo ou no bolso, sem problema algum (eu já fiz isso diversas vezes e sepre arranquei sorrisos das atendentes ou do dono do estabelecimento dizendo "vou fazer uma economia para sua empresa", já estou até pensando em completar essa minha frase com ..."a natureza agradece"!). Melhor de tudo, caso você sinta-se envergonhado em tirar o produto da sacola, ao pedir o produto diga: "não precisa embalar, levo na mão mesmo." Ah Tio, mas só com isso não vai adiantar nada, os outros vão continuar fazendo a mesma coisa sempre e cada vez teremos mais e mais sacolas jogadas por aí. Não é bem assim, se você pode mudar as suas ações pode divulgar essa ideia para seus familiares e amigos (isso contagia, pode ter certeza), aí já são mais algumas que mudarão as suas ações. Além desses, o atendente da farmáci ou do mercadinho podem começar a pensar também, aí já somam-se outras tantas pessoas, cada uma fazendo a sua parte, assim podemos mudar muita coisa que está errada. Escrevo tudo isso pois são ações que a algum tempo já realizo e tento conscientizar outras pessoas a fazerem o mesmo, sem ser chato, obviamente. Abaixo publico uma reportagem sobre a campanha do Ministério do Meio Ambiente "SACO É UM SACO". Legal saber que o Ministério esta fazendo algo para mudar as suas escolhas.

Audiência pública debate redução do uso de sacos plásticos.

Aída Carla de Araújo

Lançada há dois anos, a campanha Saco é um Saco do Ministério do Meio Ambiente deu início a um movimento na sociedade brasileira, estimulando o cidadão a pensar no meio ambiente e em suas escolhas de consumo. Esse foi o tema da audiência pública realizada na Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (11/08). O debate sobre o uso de sacolas plásticas contou com a presença da secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, Samyra Crespo, com representantes de vários segmentos da sociedade.

"O debate foi excelente, veio muita informação dos setores da indústria e do comércio. Provocados pela audiência pública, os representantes desses e de outros segmentos da população trouxeram novas informações que vamos levar em consideração. Também é importante destacar que a campanha Saco é um Saco mostrou mais uma vez o seu impacto, provocando uma discussão madura sobre as escolhas que a sociedade brasileira vai fazer", comemorou a secretária.

A campanha Saco é um Saco foi lançada em 2009 e chama a atenção para os danos ambientais que o uso excessivo de sacolas plásticas tem causado ao planeta e ao cotidiano das pessoas. Antes da campanha, eram consumidas cerca de 18 bilhões de sacolas plásticas no País, e agora caiu para 7,6 bilhões (redução de 40%). Este propósito vai ao encontro dos conceitos de co-responsabilidade e destinação adequada de resíduos e rejeitos encontrados na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada em 2010.

Na esteira da bem-sucedida campanha sobre a redução do consumo de sacolas plásticas, o Ministério lançou em junho outra campanha nacional, Separe o Lixo e Acerte na Lata. O objetivo foi preparar a sociedade brasileira para uma mudança de comportamento em relação à coleta seletiva do lixo, ressaltando os benefícios ambientais, sociais e econômicos do reaproveitamento dos resíduos sólidos para o País.

Como parte da estratégia adotada pelo Ministério para a conscientização da população sobre os cuidados com o meio ambiente, uma das três peças da campanha nacional sobre a coleta seletiva foi apresentada na audiência pública. "Nós não poderemos mais nem produzir, nem consumir e nem descartar do modo como nós vínhamos fazendo. Esse questionamento não está sendo colocado pelo Ministério e nem pela Secretaria, mas em nível mundial. Por isso que vem aí uma Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável e a Economia Verde, em 2012, no Rio de Janeiro. O mundo está se preparando para fazer a transição tecnológica e ecológica. Quem não estiver olhando para esse cenário estará condenando seu próprio negócio", alertou a secretária.
Fonte: MMA

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Fóssil Grávido

Descoberta de fóssil grávido revela mistério dos plesiossauros.

Pesquisadores descobriram que o plesiossauro, um réptil predador que vivia nos mares há mais de 78 milhões de anos, era uma mãe zelosa que dava à luz a filhotes vivos, ao invés de deixar ovos. O vilão dos mares da Era Mesozoica também cuidava da prole após o nascimento, assim como fazem hoje outros animais marinhos como as baleias e os golfinhos. A descoberta, que acabou com um mistério de 200 anos entre a comunidade científica, só foi possível graças ao achado de um fóssil grávido do animal, em uma fazenda no estado americano de Kansas. Atualmente o fóssil está em exposição no Museu de História Natural de Los Angeles.

“O ponto-chave é que os plesiossauros fizeram coisas de forma diferente do que os outros répteis marinhos, que tinham o padrão de reprodução dos répteis atuais, com um número maior de pequenos bebês. Os plesiossauros eram, neste sentido, aparentemente mais próximos de mamíferos e lagartos que vivem em grupo, dando origem a um ou alguns filhotes”, disse ao iG Frank O’Keefe da Universidade de Marshall, nos Estados Unidos e autor do estudo publicado hoje na Science(para ver o resumo do artigo acesse www.sciencemag.org/content/333/6044/870.abstract.

Os cientistas já desconfiavam que o corpanzil de cerca de 5 metros de comprimento do plesiossauro não era sinônimo de uma boa adaptação para longas escaladas na terra para colocar seus ovos ou construir ninhos, mas faltavam provas que confirmassem que o animal era de fato vivíparo. O fóssil de um animal (Polycotylus latippinus) prenhe era a prova que faltava.

O estudo identificou que o embrião era muito grande em comparação com o tamanho da mãe. “Era muito maior do esperávamos se compararmos com outros répteis dos dias de hoje”, disse. De acordo com O’Keefe, o fato de gerarem filhotes grandes pode ter desencadeado nos animais um comportamento mais semelhante ao de mamíferos e algumas espécies de lagartos.

“Nós especulamos que isto possa indicar que os plesiosauros exibiam cuidados maternais e comportamento social como o cuidado da prole após o nascimento e até mesmo quando fossem capazes de se alimentar sozinhos”, disse.

Mesmo assim, O’Keefe afirma que os plesiossauros, que não têm parentes conhecidos nos dias atuais, seja mais próximos dos mamíferos que dos répteis. “Plesiossauros são muito mais próximos em parentesco de lagartos, cobras e outros répteis mesmo apresentando comportamento semelhante ao de mamíferos”, disse.

Espera de 24 anos – O fóssil do plesiossauro prenhe foi descoberto em 1987 por Charles Bonner, dono de um rancho em Logan County, no Kansas. A descoberta se deu no meio oeste americano, pois, na Era Mesozóica, a configuração do planeta era diferente da atual. Havia um corpo de água na América do Norte formado a partir do encontro do oceano Ártico com o golfo do México.

A família Bonner se responsabilizou pela escavação e a retirada do fóssil. De acordo com O’Keefe, a família só deu conta do valor científico da peça após muito tempo e resolveu doá-la para o Museu de História Natural de Los Angeles, que por sua vez, também precisou buscar recursos para o estudo do fóssil. “Como muitas histórias estranhas da paleontologia, só então o fóssil passou a ser estudado. A retirada do fóssil é só a primeira etapa, ele precisou ir ao laboratório para ser preparado, passando pelo processo de liberação das pedras que rodeavam os ossos”, disse.

O fóssil de 78 milhões de anos mede cerca de 5 metros de comprimento. O esqueleto do embrião contém costelas, 20 vértebras, ossos dos ombros, bacia e da nadadeira.

“Encontrar fóssil de um animal prenhe é algo muito raro. É um fóssil verdadeiramente único, é algo espetacular e tenho muita sorte de poder estudá-lo”, disse.
Fonte: Maria Fernanda Ziegler/ Portal iG

O mais incrível desse trabalho é que a partir desse monte de ossos descobertos eles conseguem "remontar" o bicho e "dizer" como ele era. Agora se isso é realmente verdade, se ele realmente era assim mesmo, aí já é outra história!
Fonte das fotos: ultimosegundo.ig.com.br/ciencia




quinta-feira, 11 de agosto de 2011

LEOPARDO-DAS-NEVES: UM DOS MAIS BELOS FELINOS DO MUNDO

Se você nunca ouviu falar nessa felino, busque fotos e vídeos na internet e observe suas grandes patas, sua cauda gigantesca e fique estarrecido com sua imponência. abaixo uma bela reportagem que fala de estudos com armadilhas fotográficas e colares com GPS instalados em alguns exemplares desta espécie. Depois de ler a reportagem, caso queira mais informações sobre o leopardo-das-neves pode acessar http://www.iucnredlist.org/apps/redlist/details/22732/0. Bom proveito.

Thomas McCarthy, diretor do programa dos leopardos-das-neves do grupo de conservação Panthera, passou quase duas décadas atravessando o absurdamente acidentado planalto himalaio para estudar um felino magnífico, densamente peludo e malhado que pode ser a aparição mais rara do mundo.

“Estou aqui no país do leopardo-das-neves durante metade de todos os anos”, disse McCarthy em uma obstinada conexão telefônica do Tadjiquistão, “e posso facilmente contar em uma mão as vezes que consegui ver um leopardo-das-neves”.

George Schaller, renomado biólogo e ambientalista e vice-presidente da Panthera, possui uma vasta experiência e reputação e é normalmente assertivo. “Coloquei coleiras de rádio em um par de leopardos-das-neves na Mongólia”, disse ele. “`O rádio me diz onde estão, vou para lá, olho e olho. Não vejo nada, a menos que o leopardo-das-neves resolva se mexer’’.

“Se um leopardo-das-neves repousa silenciosamente e não quer ser visto”, disse Schaller, “você não o verá”.

Para estudar leopardos-das-neves, disse McCarthy, “é preciso ser muito dedicado ou parcialmente louco, ou ambos”.

Apesar de todas as dificuldades, os loucos dedicados seguiram em frente e agora muito de sua pesquisa está esclarecendo questões sobre os felinos raros, misteriosos, alpinistas de gelo supremos e propriamente apelidados de ‘fantasma das montanhas’.

Usando armadilhas de câmeras sensíveis ao movimento engenhosamente montadas, cientistas acumularam um rico conjunto de imagens de leopardos-das-neves, permitindo que estimassem números de população, identificasse indivíduos e acompanhassem migrações.

Também conseguiram ter uma visão da rotina diária do felino, que parece envolver frequentes ações de marcação de território: esfregadas de rosto, borrifadas e cavagens de pequenos buracos no chão.

Admitidamente, o método de armadilha pode enriquecer as evidências de marcação de território dos animais: “Nossos guardas sabem que se câmeras forem alocadas em uma área que conduz um leopardo-das-neves para uma pedra, o instinto do animal o fará borrifar nela e ele será encontrado”, disse Peter Zahler, diretor representante para os programas da Ásia da Sociedade de Conservação da Vida Selvagem do Zoológico do Bronx.

Cientistas na sociedade de conservação publicaram na edição atual do The International Journal of Environmental Studies os resultados o que eles disseram que foi o primeiro registro fotográfico de leopardos-das-neves no Afeganistão.

Baseado em fotografias tiradas em 16 lugares pelo vasto e árido corredor Wakhan, do nordeste do Afeganistão, Anthony Simms e seus colegas sugeriram que a região, descrita por eles como “uma das paisagens montanhosas mais remotas e isoladas no mundo e um lugar de uma imensa beleza” poderia ser um impressionante santuário de leopardos-das-neves. “Ficamos surpresos com o número de detecções de leopardos-das-neves identificadas em nossa pesquisa”, disse Simms em uma entrevista. “É um sinal promissor de que podemos ter população mais saudável que a esperada aqui”.

Surpresas – Trabalhando no sul da Mongólia, pesquisadores da Panthera equiparam 14 leopardos-das-neves com sofisticadas coleiras GPS que transmitem a leituras de localização e movimentos para os computadores dos cientistas, várias vezes ao dia. “Os dados que estamos conseguindo são simplesmente incríveis”, disse McCarthy. “Os felinos estão usando imensas extensões de residência”, dez ou 20 vezes maiores que as estimativas anteriores. Histórias mais íntimas dos felinos também surgiram.

As coleiras diziam aos cientistas quando um leopardo-das-neves fêmea passava vários dias namorando um macho. Quase certamente, cerca de 14 semanas depois, a coleira da fêmea avisou que ela entrara em uma caverna propícia para ser um recanto para dar à luz.

Ruídos eletrônicos também levantaram dúvidas acerca do leopardo-das-neves, considerado um eremita antissocial. “Vimos dois machos sentados juntos comendo o mesmo jantar”, disse McCarthy. “Foi um verdadeiro choque para nós”. Além de relações de acasalamento e maternidade, disse ele, “leopardos-das-neves deveriam ser solitários”.

Mesmo com a ampla variedade de novas descobertas, cientistas ainda têm apenas uma vaga ideia de quantos leopardos-das-neves existem por aí, ou como estão sobrevivendo em um mundo cada vez mais humanizado e com falta de tolerância com outros mamíferos de grande porte que se recusam a ser domados.

Números são meros palpites – Esparsamente distribuídos pelas altas montanhas de uma dezena de cidades no sul e no centro da Ásia, leopardos-das-neves são considerados uma espécie ameaçada. Pesquisadores estimam que a população caiu pelo menos 20 por cento nos últimos 16 anos e agora está entre 4.500 e 7.500 exemplares livres mas, Schaller disse, “esses números são meros palpites”.

Leopardos-das-neves sempre foram raros, possuindo uma vantagem modesta sobre carnívoros aparentados, como tigres e leões, ao ocupar habitats difíceis nas copas das árvores, em solos aráveis e ao alcance de humanos.

Apesar do nome, são mais próximos dos tigres – Para os americanos, leopardos-das-neves talvez sejam os membros mais queridos do grupo de felinos grandes, grupo exclusivo que inclui tigres, leões, jaguares e leopardos. Leopardos-das-neves preservam a majestade e a elegância fluente e predatória de outros grandes felinos, incorporando aspectos da beleza do panda, um resultado eventual da adaptação ao frio.

Eles têm patas grandes e peludas para ajudá-los a se mover fácil e silenciosamente na neve, e uma cauda excepcionalmente comprida e larga que serve como agente de equilíbrio para saltar e como apoio em torno do rosto durante o sono. Apesar do nome, eles não são leopardos ou, de acordo com uma recente análise genética, parentes particularmente próximos dos leopardos.

De acordo com o que foi publicado no ano passado por William Murphy e Brian Davis da Texas A&M University, no jornal Molecular Phylogenetics & Evolution, a espécie mais próxima do leopardo-das-neves é o tigre. Porém esse parentesco acaba na balança. Segundo Patrick Thomas, curador de mamíferos no Zoológico do Bronx, enquanto um tigre macho adulto pode pesar 250 kg, um leopardo-das-neves macho raramente excede a casa de 45 a 55 kg – pouco mais que um cachorro de estimação grande.

Leopardos-das-neves não rugem ou ronronam, e suas vocalizações soam impressionantemente similares ao uivo do gato siamês. Como regra, leopardos-das-neves têm temperamento calmo e moderado. Ao contrário de muitos felinos de grande porte, disse Schaller, “não sei de nenhum caso de um leopardo-das-neves atacando ou matando pessoas”.

O mesmo, infelizmente não pode ser dito da pecuária humana. Acredita-se que uma das maiores ameaças ao leopardo-das-neves seja o crescente número de criadores de ovelhas e cabras que compartilham o território dos felinos, apenas ganhando a vida, que podem reagir a um felino caçador atirando nele ou espancando-o até a morte.

Utilizando leituras de DNA nas fezes do leopardo-das-neves para reconstruir o cardápio local do felino, pesquisadores observaram uma alta inconstância na incidência de caças de gado. Entre a população Wakhan no Afeganistão, leopardos-das-neves se mantêm firmemente em uma dieta de cabras-dos-alpes, carneiro Marco Polo e outras presas naturais.

Na Mongólia, pelo contrário, cerca de 22 por cento do consumo de leopardos-das-neves residentes consiste de ovelhas e cabras domésticas.

Conservacionistas estão trabalhando fortemente para confrontar o problema – ajudando camponeses a construir currais resistentes a predadores, organizando programas de seguros para compensar criadores por suas perdas ou buscar novas fontes de renda, atraindo turistas aventureiros em seu caminho.

Os turistas podem nunca ver um leopardo-das-neves, mais pelo menos seus dólares ajudarão a assegurar que os felinos estavam lá, observando-os silenciosamente. (Fonte: Portal iG

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Rato velho vira morcego?

Alguém certamente já ouviu dizer que rato velho vira morcego, pois é, não é bem assim que acontece. Vou aproveitar a notícia abaixo para explicar essa "lenda".Morcegos detectam sangue por radiação infravermelha.

O morcego hematófago, também chamado de vampiro, não chega até o alimento pelo odor de seu sangue, mas pelo calor que ele emite sob a pele. Pesquisadores descobriram que a espécie presente em todo o México e América do Sul identifica radiações infravermelhas proveniente das veias sanguíneas dos outros animais ao seu redor. Isto tudo graças a alterações nos nervos faciais do morcego.

Essa qualidade genética do vampiro comum explica sua capacidade de detectar uma fonte de calor a 20 centímetros de distância e “de distinguir o local onde as veias são mais próximas da superfície da pele”, estima David Julius, especialista em biologia molecular da Universidade da Califórnia em São Francisco, autor do estudo.

Os especialistas já sabiam que o morcego localiza a vítima adormecida guiando-se pelo som de sua respiração, como parecem indicar os ataques repetidos a cabeças de gado. Mas não tinham conhecimento sobre os mecanismos usados para acertar com tanta precisão o alimento, tirando mais de duas colheres de sopa de sangue dos animais.

Todos os mamíferos possuem grande quantidade de receptores que reagem a diversos estímulos externos: mecânicos, térmicos ou químicos. Um desses receptores, uma proteína batizada TRPV1, se ativa quando a temperatura ultrapassa os 43° C, o que permite, principalmente, alertar o sistema nervoso central, em caso de calor doloroso, com risco de queimadura. Esse receptor é também responsável pela sensação de queimadura causada pela ingestão de pimenta ou o sol, destaca David Julius. Porém, o vampiro comum (Desmodus rotundus) desenvolveu, durante sua evolução, um uso único e desconhecido, até então, desta proteína.

Tudo se passa em três cavidades situadas no focinho do vampiro, que contribuiu para lhe dar uma reputação assustadora. Além da TRPV1 habitual, este morcego produz grande quantidade de uma versão menor desta proteína (TRPV1-S) que se ativa a uma temperatura muito mais baixa, em torno de 30° C. Uma particularidade genética que se encontra numa espécie de morcegos (Carollia brevicauda), que se nutre de frutas e não tem, assim, nenhuma necessidade de um sentido térmico muito desenvolvido.

Segundo o estudo, publicado na revista científica Nature, a variante é quase ausente nas outras espécies de morcegos, que consomem frutas, néctar ou insetos, revela David Julius.

Geneticamente mais próximo dos cães – O estudo confirma também análises moleculares recentes demonstrando que o morcego é geneticamente mais próximo dos cães, das vacas e das toupeiras que de humanos e roedores, ao contrário do que se acreditava numa classificação de espécies baseada em critérios puramente anatômicos.

Cães, vacas, porcos e toupeiras, que pertencem ao grupo das Laurasiatheria, como os cavalos e os golfinhos, têm, com efeito, o potencial genético para produzir esta variante curta da TRVP1. Os coelhos, ratos, macacos e humanos (grupo das Euarchontoglires) são totalmente incapazes disso.

No ano passado, David Julius já havia explicado como algumas serpentes (jibóias, pítons e crótolos) desenvolveram um sentido de infravermelho, a partir de variante de uma outra proteína receptora, TRPA1, que não é, no entanto, habitualmente sensível ao calor. (Fonte: Portal iG).
Como vocês puderam ler, os morcegos são mais próximos de cães e das vacas do que dos roedores (ratos). Mas de onde veio a história que rato velho vira morcego?Pois bem, ratos e morcegos compartilham alguns locais de "moradia" (Ex. sótãos, cavernas, galpões utilizados para guardar grãos, etc). Estes locais, além de servirem de abrigo a roedores e morcegos servem para alimentação (principalmente para os roedores que se alimentam dos grãos e, para algumas espécies de morcegos que são carnívoras(Chrotopterus auritus) que podem se alimentar de algum roedor. Além disso, a "lenda" deve ter surgido com algumas pessoas que viam os roedores entrando ou transitando nesses abrigos durante o dia e ao anoitecer percebiam que os morcegos saiam voando. Você sabe mais alguma lenda desse tipo?Compartilhe conosco.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

FÊMEA USA GEMIDOS PARA MANIPULAR MACHOS

Alce fêmea usa gemidos para ‘manipular’ machos.

Alces fêmeas podem ser capazes de manipular machos enamorados incitando brigas entre machos rivais por meio de gemidos, segundo pesquisadores. Já se sabia anteriormente que as fêmeas produziam “gemidos de protesto” em resposta aos avanços dos machos.

Cientistas da Universidade do Estado de Idaho, nos Estados Unidos, descobriram que as fêmeas gemem mais quando são abordadas por machos menores e que isso provoca brigas com machos maiores.

Segundo a pesquisa, publicada na revista científica Behavioural Ecology and Sociobiology, as fêmeas podem ter mais controle sobre a escolha de parceiros do que se imaginava anteriormente.

Aproximações – Os alces são animais poligínicos, o que significa que um macho copula com várias fêmeas, mas cada fêmea tem apenas um parceiro macho.

A reprodução ocorre durante o outono, quando os machos competem pelas fêmeas, resultando em ferozes batalhas.

Os pesquisadores observaram os alces durante esse período no Parque Nacional Denali, no Alasca.

“As fêmeas davam gemidos de protesto com mais frequência em resposta à aproximação de machos pequenos, apesar de os machos maiores se envolverem em mais aproximações”, afirma o coordenador do estudo, Terry Bowyer.

Escolha – O especialista, que vem estudando os alces nessa região desde a década de 1980, percebeu que o gemido das fêmeas tinha um propósito duplo.

“Esse comportamento das fêmeas as ajuda a evitar o assédio de machos menores, mas também provocava brigas entre os machos maiores, afirma.

“A agressão dos machos era mais comum quando as fêmeas davam gemidos de protesto do que quando não davam, indicando que essa vocalização incite a agressão entre os machos”, observa.

Segundo Bowyer, a pesquisa também indica que as fêmeas de alce poderiam provocar propositalmente brigas entre os machos como uma forma de escolher seus parceiros.

“Os gemidos de protesto permitem às fêmeas exercer alguma escolha em um sistema de acasalamento no qual os machos restringem essa escolha por meio do combate com outros machos”, disse ele à BBC.

Para Bowyer, a escolha das fêmeas pode ter sido subestimada porque era “escondida” pelos combates entre os machos.

“Acreditamos que a escolha feminina é um componente mais importante dos sistemas de acasalamento em mamíferos poligínicos do que se pensava anteriormente”, conclui ele. (Fonte: Portal iG)

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Safáris Ilegais no Pantanal Sul Matogrossense

Uma das minhas ideias quando resolvi criar este blog, além das já mencionadas no cabeçalho é de denunciar as diversas formas de crimes que ocorrem na nossa sociedade.Os safáris que ocorrem pelo país não são nenhuma novidade para pessoas que trabalham com o meio ambiente. Apesar de eu ser favorável a caça (obviamente que não do jeito que ocorre aqui no Brasil, mas sim com controle, com estudos que mostrem que a caça possa ocorrer de uma maneira sustentável, gerando recursos para a conservação de áreas de caças e principalmente para a conservação das espécies cinegéticas e de diversas outras) essa caça indiscriminada que acontece deve ser proibida e os responsáveis devem ser presos, sem direito a fiança, uma vez que trata-se de homcídio doloso. Segue a notícia publicada hoje sobre a "fazendeira" Beatriz Rondon.
PF começa a ouvir suspeitos de safáris ilegais no Pantanal de MS.

Nesta semana, a Polícia Federal (PF) começa a ouvir os suspeitos de participar e organizar safáris ilegais no Pantanal de Mato Grosso do Sul, onde a principal atração é a matança de onças. O delegado que investiga o caso, Alexandre do Nascimento, informou nesta segunda-feira (1º) ao G1 que serão interrogados a fazendeira Beatriz Rondon, o caçador Antônio Teodoro, conhecido como Tonho da Onça e um piloto de avião, entre outros suspeitos.

Na sexta-feira (29) a polícia cumpriu seis mandados de busca e apreensão em quatro cidades, sendo três em Mato Grosso do Sul e uma em Mato Grosso. Durante o cumprimento de um dos mandados no município de Aquidauana, distante 143 quilômetros de Campo Grande, Rondon foi presa por posse de armas, mas foi liberada no início da tarde após pagar fiança de R$ 27 mil.

De acordo com Nascimento, os mandados foram desdobramentos da Operação Jaguar 2, deflagrada em maio deste ano por conta de um vídeo que revelou em detalhes como era feita a matança de onças pintadas e pardas. À época, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) revelou que os safáris ilegais eram vendidos como um atração turística para estrangeiros que chegavam a pagar US$ 40 mil.

O advogado da fazendeira, René Siufi, diz que sua cliente nega as acusações de participação e promoção dos safáris ilegais. Á época, o caçador conhecido como Tonho da Onça afirmou que é inocente e que o vídeo é antigo e mostra imagens de 20 anos atrás.

As peles e chifres de animais, além de armas e munições aprendidas na operação foram encaminhadas para a perícia. O delegado informou que ainda não definiu se os interrogatórios serão realizados na sede da PF em Campo Grande, ou em Corumbá, onde está sendo feita a investigação.

Crimes – Ainda segundo Nascimento, o inquérito que investiga o caso deve ser finalizado em 30 dias. Os suspeitos devem ser indiciados por crime ambiental, formação de quadrilha, porte ilegal de arma de fogo e tráfico internacional de armas e munições. (Fonte: Tatiane Queiroz/ G1)

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Reviravolta na Origem das Aves?

Descoberta de fóssil provoca reviravolta sobre origem das aves.

A descoberta de um pequeno fóssil na China alterou os conhecimentos sobre a evolução das espécies e derrubou um ícone. O Archaeopteryx, descoberto há 150 anos e considerado a primeira ave da Terra, caiu de posto. Um novo estudo chinês afirma que a espécie não é mais do grupo das aves e foi remanejado para outra classe, a dos Deinonychosauria.

O estudo publicado nesta quarta-feira (27) no periódico científico Nature construiu uma nova árvore filogenética de dinossauros e aves -que apresenta as relações evolutivas entre as espécies com um ancestral comum. Tudo por causa da descoberta de um pequeno fóssil de um dinossauro com penas que devia pesar apenas 800 gramas.

O novo fóssil, chamado de Xiaotingia zhengi, foi descoberto em Tiaojishan, na China, e tem o tamanho de uma galinha. O fóssil não é exatamente impressionante por ser uma espécie derivada do Archaeopteryx, mas sua sutil protuberância óssea resultou em uma reviravolta na paleontologia.

O Archaeopteryx viveu há cerca de 150 milhões de anos. Ele tinha penas e asas além de outras características incomuns as aves, como dentes. O fóssil foi descoberto em 1861, na Alemanha – dois anos após Charles Darwin ter publicado o livro “A origem das espécies” e rapidamente se tornou um ícone da teoria da evolução.

A descoberta do novo terópode mostrou que uma série de características, incluindo longos e robustos antebraços – que acreditavam ser apenas dos antecessores das aves – mas que pode também ser de um grupo de não aves.

Os cientistas chineses reconhecem que têm poucas provas para suportar a nova teoria.

O Archaeopteryx faz parte de uma seção da árvore filogenética que já foi reformulada várias vezes nos últimos 20 anos e que ainda permanece obscura. A seção abriga os pequenos dinossauros de duas pernas que realizaram os primeiros voos. Porém, descobertas de novos fósseis têm deixado a distinção entre aves que se parecem dinossauros e dinossauros que se parecem aves ainda mais obscura. Características como penas e osso da sorte deixaram de ser consideradas como determinantes deixaram de ser confiáveis

“Os pássaros foram encaixados dentro de um grupo de pequenos dinossauros e é muito difícil dizer quem é quem”, disse Lawrence Witmer da Universidade, que estuda a evolução dos pássaros e que não participou do estudo.

“A reclassificação do Archaeopteryx não mudar a ideia de que as aves surgiram a partir desta parte da árvore filogenética”, disse Witmer. O pesquisador acredita, no entanto, que ela possa fazer com que cientistas reavaliem antigas certezas sobre evolução das aves. “Muito do que do que sabemos sobre evolução dos pássaros tem como base o Archaeopteryx”, disse Witmer. (Fonte: Portal iG)
Mais informações podem ser obtidas diretamente na página da Nature (http://www.nature.com/news/2011/110727/full/news.2011.443.html).