terça-feira, 17 de julho de 2012

Cutia rouba sementes escondidas e ajuda palmeira a se reproduzir.

Roedor tem o hábito de esconder alimento na terra, aponta estudo. Bicho dispersa planta furtando comida estocada pelas companheiras. Essa palmeira, conhecida localmente como “chunga”, tem frutos suculentos com sementes grandes, aparentemente adaptadas para serem comidas e dispersadas por animais de porte maior, como os mastodontes, extintos naquela região há 10 mil anos. Foto mostra cutia comendo fruta da palmeira na floresta do Panamá. (Foto: Christian Ziegler/Divulgação)Cutia come a suculenta fruta da palmeira na floresta do Panamá. (Foto: Christian Ziegler/Divulgação) Sem esses bichos grandes, capazes de engolir as sementes e defecá-las longe do local onde a ingeriram, seria de se esperar que a planta deixasse de se reproduzir e desaparecesse. No entanto, como ela segue existindo, um grupo de cientistas da Europa e dos EUA instalou câmeras na floresta, e pequenos sensores nas sementes para entender como novas palmeiras poderiam crescer em lugares distantes de outros exemplares da mesma espécie. Eles descobriram que as cutias têm o hábito de enterrar essas sementes e, mais que isso, roubá-las dos buracos cavados pelas companheiras. Eles descobriram que havia sementes que eram desenterradas e novamente escondidas até 36 vezes antes de serem realmente comidas. Assim, mais de um terço das sementes foi parar a mais de cem metros dos pés que as geraram. Fonte:g1.com Comentário: ESSE ARTIGO FEZ-ME RECORDAR O PRIMEIRO ESTUDO DE QUANDO EU ESTAVA NA GRADUAÇÃO, QUE RESULTOU EM UM ARTIGO INTITULADO: "Roman_et_al 2010.Fruit manipulation of the palm Syagrus romanzoffiana by vertebrates in southern Brazil. Neotropical Biology and Conservation. , v.5, p.101 - 105, 2010" CASO SEJA DO SEU INTERESSE ESSE ARTIGO ENTRE EM CONTATO COMIGO QUE ENVIAREI COM MUITO PRAZER.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Primeiros habitantes chegaram à América em três ondas migratórias

Os primeiros habitantes da América chegaram ao continente há mais de 15 mil anos e vieram da Ásia em três ondas migratórias separadas. A conclusão é de um estudo realizado por uma equipe internacional de cientistas publicado nesta quarta-feira (11) pela revista científica “Nature”. “Durante anos, se debateu se os habitantes da América procediam de uma ou mais migrações através da Sibéria, mas nossa pesquisa põe fim a este dilema: os nativos americanos não procedem de uma só migração”, ressaltou à Agência Efe o cientista colombiano Andrés Ruiz-Linares, do University College de Londres, autor principal do estudo. Embora os analistas calculem que tenham ocorrido pelo menos três grandes migrações, a maioria das tribos descende da primeira delas, conhecida como os “Primeiros Americanos”. As outras duas levas se limitaram à América do Norte. Quando as ondas migratórias ocorreram, o Estreito de Bering, entre a Ásia e a América, estava congelado, e serviu como ponte entre os dois continentes. A pesquisa analisou o genoma de 52 tribos indígenas americanas, do Canadá à Terra do Fogo, e comparou ao de habitantes de 17 grupos nativos da Sibéria. Ao todo, mais de 364 mil variações genéticas foram consideradas. A análise foi dificultada pela presença de material genético procedente de migrações posteriores, principalmente dos europeus e africanos que chegaram à América a partir de 1492. Por isso, os pesquisadores se centraram apenas nas seções do genoma que procediam totalmente dos nativos americanos. “Tecnicamente, o estudo dos povos nativos americanos representa todo um desafio devido à presença generalizada de traços europeus e africanos nos grupos nativos”, indicou Ruiz-Linares. A ocupação do continente – Os “Primeiros Americanos” teriam se deparado com um continente desabitado, e se estenderam em direção sul, seguindo a costa do Pacífico e deixando povoações em sua passagem. O processo teria durado cerca de mil anos, e suas linhagens podem ser rastreadas do presente. No entanto, o DNA de quatro tribos da América do Norte demonstra que houve pelo menos duas outras ondas migratórias. A segunda percorreu a costa do Ártico até a Groenlândia, e a terceira se dirigiu rumo às Montanhas Rochosas. Essas duas levas de imigrantes teriam sido protagonizadas por indivíduos mais próximos à etnia han, predominante na China, do que aos “Primeiros Americanos”. Ao avaliar o material genético da tribo dos aleútes e dos inuítes, que vivem na Groenlândia, os pesquisadores constataram que metade de seu DNA procedia dos integrantes da segunda migração. No caso dos membros da tribo canadense chipewyan, que viviam entre as Montanhas Rochosas e a baía de Hudson, os especialistas descobriram que tinham 10% do material genético em comum com os protagonistas da terceira leva migratória. O DNA dessas quatro tribos – aleútes, inuítes do leste, inuítes do oeste e ‘chipewyan’ – contém material das três ondas migratórias, mas a maior parte corresponde à primeira. Isso significa que os habitantes asiáticos da segunda e terceira ondas teriam se relacionado com os primeiros que chegaram à América. Segundo Ruiz-Linares, isso fica demonstrado pela menor diversidade genética dos nativos da América do Sul, cujo DNA é mais próximo ao dos “Primeiros Americanos”. “Haveria uma relativa homogeneidade genética dos nativos desde México até o sul do continente, todos derivariam da mesma corrente migratória da Ásia”, explicou Ruiz-Linares. “O povoamento do México rumo ao sul teria sido relativamente simples, com poucas misturas após a separação dos povos [até a chegada dos europeus em 1492]”, acrescentou o pesquisador. (Fonte: G1)

CHUVA DE PINHÕES

Em uma tentativa de recuperar florestas de araucária, árvore típica do Sul, sementes da planta foram despejadas por avião na segunda-feira (9) em campos do interior gaúcho. A operação, batizada de “chuva de pinhões”, foi realizada pela Secretaria do Ambiente do Estado em Campinas do Sul (399 km de Porto Alegre). Cerca de 220 mil sementes da espécie foram carregadas em um pequeno avião que sobrevoou duas ilhas de uma hidrelétrica da região. A área para o cultivo foi cedida pela empresa responsável pela usina, a Tractebel. Segundo a secretaria, a expectativa é que até 20% dos pinhões se desenvolvam. “Vingando 500 mudas por hectares, atingimos nossos objetivos”, disse Roberto Ferron, diretor do Departamento de Florestas e Áreas Protegidas. Ele diz que o despejo de sementes por avião pode ser mais eficiente e menos trabalhoso do que o plantio manual. O objetivo é lançar 10 milhões de sementes em dois anos. Alunos e professores da Universidade Federal de Santa Maria (RS) vão acompanhar o crescimento das árvores. Afetada pela expansão das lavouras no Sul e pela extração por madeireiros, a araucária ou pinheiro está na “lista de espécies de flora ameaçadas de extinção” do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). A árvore pode alcançar até 50 metros de altura e se desenvolve principalmente em regiões com mais de 600 metros de altitude. Fonte: Folha.com Mais informações podem ser acessadas em http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/economia/noticia/2012/06/avioes-serao-usados-para-semear-araucarias-3804315.html

terça-feira, 3 de julho de 2012

Filhote de elefante marinho aproveita a praia do Rosa para descansar

Desde quinta-feira, analistas ambientais estão monitorando um elefante marinho que encalhou no canto norte da praia do Rosa, no município de Imbituba (SC). "O filhote é uma fêmea, que mede 2 metros e 86 centímetros de comprimento. Ela apareceu nos rochedos, ambiente muito similar ao encontrado nas colônias reprodutivas, e se encontra em bom aspecto, bem nutrida, porém, bastante cansada, o que mostra a necessidade de descanso", explica a chefe substituta da APA da Baleia Franca/ICMBio, Luciana Moreira. Nessa segunda-feira, uma equipe de especialistas foi até o local. Na avaliação da veterinária especialista em animais marinhos da ONG R3 Animal, Cristiane Kolesnikovas, o animal está em excelente condição física e reage bem à aproximação, está bem nutrido e com coloração de mucosas normal. “Geralmente se essas condições persistirem, não será necessária a remoção do animal”, diz Cristiane Kolesnikovas. “Ela deve continuar sendo monitorada para verificar eventuais alterações no seu estado de saúde”, complementa. O animal deve continuar sendo monitorado durante os próximos dias e alterações serão verificadas. Segundo a veterinária, a contenção é um processo extremamente estressante e pode causar danos a condição do elefante marinho, havendo risco de morte durante a manipulação. Em caso de encalhes, um protocolo homologado pela APA da Baleia Franca (ICMBio) deve ser seguido. "O objetivo do protocolo é articular a rede de instituições que podem contribuir nos casos de ocorrência de encalhes, seja de animais vivos ou mortos. Neste caso, tivemos o apoio da Policia Ambiental, R3 animal e CMA/ICMBio", explica Luciana Moreira. Procedimentos em caso de encalhes: Como ajudar? - Entre em contato com as instituições responsáveis; - Não tente devolver o animal para a água; - Ajude a isolar a área mantendo pessoas e animais domésticos afastados; - Obtenha fotografias do animal, possibilitando a identificação da espécie e documentação do caso; - Colabore com a sensibilização e a conscientização da comunidade. Proteja a sua saúde - Os animais encalhados podem transmitir doenças aos seres humanos; - Evite respirar o ar expirado pelos animais; - Não se aproxime. São animais grandes em situação de debilidade física, que podem se tornar ariscos com a aproximação de outros indivíduos e causar ferimentos. Fonte: Correio do Povo

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Divina evolução, artigo de Efraim Rodrigues.

Efraim Rodrigues, Ph.D. (efraim@efraim.com.br), Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor pela Universidade de Harvard, Professor Associado de Recursos Naturais da Universidade Estadual de Londrina, consultor do programa FODEPAL da FAO-ONU, autor dos livros Biologia da Conservação e Histórias Impublicáveis sobre trabalhos acadêmicos e seus autores. Também ajuda escolas do Vale do Paraíba-SP, Brasília-DF, Curitiba e Londrina-PR a transformar lixo de cozinha em adubo orgânico e a coletar água da chuva. É professor visitante da UFPR, PUC-PR, UNEB – Paulo Afonso e Duke – EUA http://ambienteporinteiro-efraim.blogspot.com/ Em 1987 eu dava aulas de Ciências na periferia de São Paulo quando alguns alunos mostraram resistência com conceitos básicos em evolução. Fui então atrás da literatura criacionista e a falta de substância rapidamente me levou à fonte primária do muito mais comentado do que lido Gênesis. Ao contrário do que se possa imaginar, não foi uma leitura arrogante tipo – O que pode conter um texto de milhares de anos atrás ? Ao contrário, o Genesis relata 12 eventos da história da Terra em improbabilissima correção cientifica. A resistência religiosa à evolução fez aparecerem versões absurdas como a que diz que a Terra teria 4000 anos de idade, que consegue ao mesmo tempo contradizer os fatos e nem mesmo estar nas escrituras. Duas pessoas querendo entender-se partiriam dos pontos de convergência, e eles não faltam. Evolução é seleção da variação criada pelo acaso. Quem diria que não é a mão de Deus operando atrás deste talvez só aparente caso ? Todas espécies então teriam em si este componente divino de sua criação, além de um componente tangível e concreto, a seleção natural. A mudança de espécies ocorre em poucas gerações e não são necessários grandes instrumentos para observá-la. A presa dos elefantes, por exemplo, fica muito menor em poucas gerações conforme os elefantes com presas maiores são mortos e não tem tempo para deixar filhos. Também ervas daninhas desenvolvem resistência ao herbicida em poucos anos, com sua recente aplicação em vastas áreas. E aquelas espécies feitas em laboratório, os transgênicos ? Internamente, seres vivos são máquinas fisiológicas complexas, que transpõem a informação contida em seus gens em proteínas que nos mantém funcionando. Esta maquinaria adquiriu sua divindade após bilhões de anos de evolução selecionado pelo ambiente. Ao bulir com ela sem ainda conhecer os detalhes de seu funcionamento estamos agindo como uma criança desmontando um relógio. É mais provável estragarmos que consertarmos. Estragar neste caso é produzir espécies que façam coisas que não podemos antecipar, como reproduzir-se com seus parentes próximos nativos ou desenvolver alguma capacidade de tornar-se uma super praga, capaz de invadir outros ambientes. Nesta semana morreu George, o solitário, último indivíduo de sua espécie de tartaruga gigante de Galápagos. Na verdade são muitas espécies que se vão a cada semana. É correto nos omitirmos enquanto o homem destrói a criação divina ? Fonte: Ecodebate, 02/07/2012