segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Rio Grande do Sul: berço dos mamíferos?

Novos achados de fósseis no Brasil estão revolucionando o estudo sobre os passos evolutivos que levaram ao surgimento dos primeiros animais desse grupo, como mostra Alexander Kellner em sua coluna de dezembro.

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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

MAIS UMA APREENSÃO DE AVES SILVESTRES

Buscando divulgar as ações que resultam em apreensões de animais silvestres em todo o Brasil, hoje divulgo a ação ocorrida na fronteira oeste do Rio Grande do Sul. Divulgue você também que comercializar animais silvestres é crime.


Três homens acusados de tráfico de animais silvestres prestaram depoimento e responderão a processo em liberdade

A Polícia Federal apreendeu em Uruguaiana, no fim de semana, 14 araras, oito delas adultas e seis filhotes, que seriam comercializadas por traficantes de animais silvestres. O órgão recebeu denúncia de que um uruguaio, residente em Livramento, iria a Uruguaiana para buscar as aves.

Os policiais federais realizaram vigilância no local onde a transação ocorreria e conseguiram identificar o momento em que dois homens, de São Paulo, entregavam os animais ao outro que os aguardava. A entrega ocorreu no estacionamento de um hotel da cidade da região Fronteira-Oeste do Estado.

De acordo com o biólogo Luís Castro, que auxiliou na preservação dos exemplares, uma arara vive, em média, 30 anos, porém, fora do habitat, apenas uma em cada dez seria capaz de sobreviver. Uma ave adulta chega a ser comercializada por R$ 3,2 mil.

Os três homens foram detidos e encaminhados à Delegacia da Polícia Federal, onde foi lavrado termo circunstanciado e houve a apreensão dos animais. As araras ficaram sob a guarda do Ibama, que nesta segunda-feira vai encaminhá-las ao Criadouro Conservacionista São Braz, em Santa Maria. Foram apreendidos também os veículos dos três investigados, um Ford Ranger com placa uruguaia e dois Fiat Siena com placas brasileiras.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Extinção dos grandes mamíferos na Era do Gelo foi causada por conjunto de fatores

Os grandes mamíferos que habitavam a Terra há 50 mil anos, na chamada Era do Gelo, não foram extintos por uma só causa, como mudança climática ou caça excessiva, mas por causa de uma combinação de fatores. Na verdade, segundo cientistas dinamarqueses, os motivos da extinção variam de uma espécie para outra.

O estudo da Universidade de Copenhague mostrou que embora a mudança climática tenha sido o fator principal das mudanças populacionais ao longo dos últimos 50 mil anos, cada espécie respondeu de forma diferente ao efeito das alterações climáticas, redistribuição de habitat e invasão humana.

Usando amostras de DNA de animais daquela era, modelos de distribuição de espécies e registros fósseis de seres humanos, a equipe pode montar cenários sobre as mudanças populacionais em animais como mamute, boi almiscarado, rinoceronte lanudo, renas e cavalos selvagens. Há cerca de 50 mil anos a Eurásia e a América do Norte perderam aproximadamente 36% e 72%, respectivamente, desses grandes mamíferos, cujo grupo é conhecido como megafauna.

Sendo assim, eles afirmam que a mudança climática explica o desaparecimento de espécies da Eurásia, como o boi almiscarado e o rinoceronte lanudo. Já em relação à extinção do bisão e dos cavalos selvagens da Eurásia seria a combinação das mudanças climáticas com a ação do homem, ao passo que renas não foram afetadas por estes fatores.

“Não encontramos provas de que humanos caçaram boi-almiscarado ou que houve uma sobreposição geográfica. Este foi também o caso do rinoceronte-lanudo na Sibéria. No entanto, os rinocerontes tiveram sobreposição com humanos na Europa nos dois mil anos antes de desaparecerem, portanto não podemos rejeitar que os humanos tiveram impacto sobre eles”, disse ao iG Eline Lorenzen, coautora do estudo publicado no periódico científico Nature.

Mamutes e o grande mistério – Os cientistas não conseguiram definir quais foram as causas da extinção dos mamutes. “Não encontramos a prova do crime nos dados relativos aos mamutes. Não há prova clara de que humanos os tenham caçado até a extinção, e nós também não conseguimos estimar o tamanho populacional com base nos nossos dados climáticos, pois existem poucos fósseis de mamutes”, disse Eline.

Os pesquisadores também não encontraram provas de que um meteoro pudesse ser a causa da extinção dos mamíferos. “Pelo DNA de antigos sedimentos, sabemos que os mamutes sobreviveram na América do Norte até 10.500 anos atrás. Isto é, ao menos, 2,5 mil anos depois do hipotético impacto”, disse.

Os pesquisadores observaram que todas as populações estudadas cresceram de tamanho no início do ultima era glacial, o que se adequa à explicação de que estepes de tundra surgiram assim que o clima começou a ficar mais frio e mais árido. “Também vimos correlação entre o tamanho das populações, deduzido por dados genéticos, e o tamanho de população, deduzido por dados climáticos, e registros fósseis e concluímos que o clima coordenou as mudanças no tamanho da população nos últimos 50 mil anos”, disse. (Fonte: Portal iG)

Cientistas acham crânio de mamífero mais antigo da América do Sul

Paleontólogos argentinos acharam fósseis de ossos do crânio do mamífero mais antigo que já viveu na América do Sul, um animal conhecido como Cronopio dentiacutus.

Os ossos têm 100 milhões de anos e foram encontrados em 2006 no norte da Patagônia, na província argentina de Rio Negro, mas foram necessários vários anos para eles serem extraídos e analisados em laboratório.

A importância da descoberta é grande pois esses são os primeiros crânios encontrados desse tipo de animal e datam do fim do período Cretáceo. O achado preenche uma lacuna de 60 milhões de anos no registro fóssil dos mamíferos do continente, afirmaram os pesquisadores num estudo publicado nesta quarta-feira (2) na revista Nature.

‘Sabíamos que era importante por causa da idade das rochas e porque achamos crânios’, disse o paleontólogo argentino Guillermo Rougier, da Universidade americana de Louisville, que explicou que tudo o que se sabia até agora desses mamíferos era pelo estudo de dentes ou fragmentos de ossos.

Batizado Cronopio dentiacutus, era do tamanho de um pequeno roedor, media entre 10 e 15 centímetros de comprimento e se alimentava de insetos. A espécie viveu na mesma época dos dinossauros, há mais de 100 milhões de anos, e seu habitat natural eram planícies pluviais.

Os crânios revelam que o mamífero tinha longos dentes caninos, focinho estreito e uma cabeça curta e arredondada.

Segundo Rich Cifelli, professor de zoologia na universidade americana do Alabama, o descobrimento destes fósseis representa para a paleontologia o que foi a pedra Rosetta (que permitiu decifrar os hieróglifos) para a egiptologia.

‘Os novos fósseis são uma espécie de pedra Rosetta para compreender a genealogia dos primeiros mamíferos sul-americanos e onde eles se situam em relação ao o que conhecemos do norte do continente’, disse Cifelli. (Fonte: G1)