Uma discussão tão antiga quanto a teoria da evolução de Charles Darwin ganhou novos rumos com a publicação de um estudo da Sociedade Max Planck de Biologia do Desenvolvimento, em Tübingen, na Alemanha. O artigo publicado pela revista científica “Nature” mostra que mudanças genéticas causadas pelo ambiente não se perpetuam nas espécies.
A equipe liderada por Detlef Weigel usou plantas do gênero Arabidopsis para determinar a frequência e a localização das chamadas mudanças epigenéticas – alterações no DNA provocadas pelo ambiente em que o ser vive. Dez linhagens da planta foram cultivadas separadas uma da outra, reproduzindo com autofertilização.
Após 30 gerações, eles encontraram 30 mil mutações. O esperado era que fossem mil por geração, mas quando os cientistas estudaram esses indivíduos perceberam que esse número ficava entre 3 mil e 4 mil. Diante disso, concluíram que muitas das alterações epigenéticas não eram estáveis e os genes voltavam ao estado original depois de algumas gerações.
A descoberta mostra que a influência das mudanças epigenéticas sobre a evolução é bem menor do que se imaginava. “Só quando a seleção vence essa anulação é que as epimutações afetam a evolução”, afirmou Jörg Hagmann, um dos autores da pesquisa. Essa mutação tem que ter uma vantagem evolucionária muito forte para se estabelecer e não ser perdida com o tempo. (Fonte: G1)
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