quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Ave muda canto devido a barulho urbano e fica menos atraente.
Os pássaros que vivem nas cidades estão cantando em uma frequência mais alta para serem distinguidos pelas fêmeas no meio do balbúrdia urbana.
Essa mudança causa, entretanto, um contratempo na hora do acasalamento: quanto mais alto o canto, menos sexualmente atraentes os machos se tornam.
Em uma comparação bem simplista, seria o equivalente a uma cantada no interior de um bar barulhento. Um homem elevaria a voz para ser ouvido pelas mulheres ao redor, mas ao fazer isso, também correria o risco de ser desprezado por falar alto.
Para chegar a conclusões com os pássaros, os pesquisadores acompanharam o comportamento do chapim-real (Parus major).A espécie é bastante comum na Europa e Ásia.
Analisando a comunicação entre macho e fêmea, a paternidade das crias e as gravações com canto de aves com diferentes ruídos de fundo, a pesquisa concluiu que as os pássaros que cantavam em alta frequência atraíram bem menos fêmeas, em comparação com os demais.
Já os que mantinham a cantoria em baixa frequência eram mais propensos à, digamos, “fidelidade” da fêmea.
Publicado na revista “PNAS”, o estudo de autoria de Wouter Halfwerk e sua equipe da Universidade Leiden (Holanda) teve como proposta mostrar como o som das cidades afeta negativamente o canto dos pássaros.
Há até registro anteriores de aves que abandonaram por completo o canto da manhã e passaram a fazê-lo à noite para driblar a barulheira.
Fonte: Folha.com
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Novo rio subterrâneo na Amazônia pode ser o maior do mundo.
Indícios da existência de um rio subterrâneo, com a mesma extensão do Rio Amazonas, que estaria a 4 mil metros abaixo da maior bacia hidrográfica do mundo, foram divulgados neste mês em um estudo realizado por pesquisadores da Coordenação de Geofísica do Observatório Nacional (ON), no Rio de Janeiro.
O Rio Hamza nasce no Peru, na Cordilheira dos Andes, mesma região que o Rio Amazonas. “Essa linha de água permanece subterrânea desde sua nascente, só que não tão distante da superfície. Tanto que temos relatos de povoados daquele país, instalados na região de Cuzco, que utilizam este rio para agricultura. Eles sabem desse fluxo debaixo de terrenos áridos e por isso fazem escavações para poços ou mesmo plantações”, afirmou o pesquisador do pesquisador indiano Valiya Hamza do Observatório Nacional.
O fluxo da água deste rio segue na vertical, sendo drenado da superfície até dois mil metros de profundidade. Depois, próximo à região do Acre, o curso fica na horizontal e segue o percurso do Rio Amazonas, no sentido oeste para o leste, passando pelas bacias de Solimões, Amazonas e Marajó, até adentrar no Oceano.
“A água do Hamza segue até 150 km dentro do Atlântico e diminui os níveis de salinidade do mar. É possível identificar este fenômeno devido aos sedimentos que são encontrados na água, característicos de água doce, além da vida marinha existente, com peixes que não sobreviveriam em ambiente de água salgada”, disse.
Características – A descoberta é fruto do trabalho de doutorado de Elizabeth Pimentel, coordenado por Hamza. Ela indica que o rio teria 6 mil km de comprimento e entraria no Oceano Atlântico pela mesma foz, que vai do Amapá até o Pará. A descoberta foi feita a partir da análise de temperatura de 241 poços profundos perfurados pela Petrobras nas décadas de 1970 e 1980.
“A temperatura no solo é de 24 graus Celsius constantes. Entretanto, quando ocorre a entrada da água, há uma queda de até 5 graus Celsius. Foi a partir deste ponto que começamos a desenvolver nosso estudo. Este pode ser o maior rio subterrâneo do mundo”, afirma Hamza.
“Não é um aquífero, que é uma reserva de água sem movimentação. Nós percebemos movimentação de água, ainda que lenta, pelos sedimentos”, disse o pesquisador cujo sobrenome batizou o novo rio.
De uma ponta a outra – Apesar de ser um rio subterrâneo, sua vazão (quantidade de água jorrada por segundo) é maior que a do Rio São Francisco, que corta o Nordeste brasileiro. Enquanto o Hamza tem vazão de 3,1 mil m³/s, a do Rio São Francisco é 2,7 mil m³/s. Mas nenhuma das duas se compara a do rio Amazonas, com 133 mil m³/s.
“A velocidade de curso do Hamza é menor também, porque o fluxo de água tem que vencer as rochas existentes há quatro mil metros de profundidade. Enquanto o Amazonas corre a 2 metros por segundo, a velocidade do fluxo subterrâneo é de 100 metros por ano.
Outro número que chama atenção é a distância entre as margens do Hamza, que alcançam até 400 km de uma borda a outra, uma distância semelhante entre as cidades de São Paulo e o Rio de Janeiro.
“Vamos continuar nossa pesquisa, porque nossa base de dados precisa ser melhorada. A partir de setembro vamos buscar informações sobre a temperatura no interior terrestre em Manaus (AM) e em Rondônia. Assim vamos determinar a velocidade exata do curso da água”, complementa o pesquisador do Observatório Nacional. (Fonte: Eduardo Carvalho/ Globo Natureza)
O Rio Hamza nasce no Peru, na Cordilheira dos Andes, mesma região que o Rio Amazonas. “Essa linha de água permanece subterrânea desde sua nascente, só que não tão distante da superfície. Tanto que temos relatos de povoados daquele país, instalados na região de Cuzco, que utilizam este rio para agricultura. Eles sabem desse fluxo debaixo de terrenos áridos e por isso fazem escavações para poços ou mesmo plantações”, afirmou o pesquisador do pesquisador indiano Valiya Hamza do Observatório Nacional.
O fluxo da água deste rio segue na vertical, sendo drenado da superfície até dois mil metros de profundidade. Depois, próximo à região do Acre, o curso fica na horizontal e segue o percurso do Rio Amazonas, no sentido oeste para o leste, passando pelas bacias de Solimões, Amazonas e Marajó, até adentrar no Oceano.
“A água do Hamza segue até 150 km dentro do Atlântico e diminui os níveis de salinidade do mar. É possível identificar este fenômeno devido aos sedimentos que são encontrados na água, característicos de água doce, além da vida marinha existente, com peixes que não sobreviveriam em ambiente de água salgada”, disse.
Características – A descoberta é fruto do trabalho de doutorado de Elizabeth Pimentel, coordenado por Hamza. Ela indica que o rio teria 6 mil km de comprimento e entraria no Oceano Atlântico pela mesma foz, que vai do Amapá até o Pará. A descoberta foi feita a partir da análise de temperatura de 241 poços profundos perfurados pela Petrobras nas décadas de 1970 e 1980.
“A temperatura no solo é de 24 graus Celsius constantes. Entretanto, quando ocorre a entrada da água, há uma queda de até 5 graus Celsius. Foi a partir deste ponto que começamos a desenvolver nosso estudo. Este pode ser o maior rio subterrâneo do mundo”, afirma Hamza.
“Não é um aquífero, que é uma reserva de água sem movimentação. Nós percebemos movimentação de água, ainda que lenta, pelos sedimentos”, disse o pesquisador cujo sobrenome batizou o novo rio.
De uma ponta a outra – Apesar de ser um rio subterrâneo, sua vazão (quantidade de água jorrada por segundo) é maior que a do Rio São Francisco, que corta o Nordeste brasileiro. Enquanto o Hamza tem vazão de 3,1 mil m³/s, a do Rio São Francisco é 2,7 mil m³/s. Mas nenhuma das duas se compara a do rio Amazonas, com 133 mil m³/s.
“A velocidade de curso do Hamza é menor também, porque o fluxo de água tem que vencer as rochas existentes há quatro mil metros de profundidade. Enquanto o Amazonas corre a 2 metros por segundo, a velocidade do fluxo subterrâneo é de 100 metros por ano.
Outro número que chama atenção é a distância entre as margens do Hamza, que alcançam até 400 km de uma borda a outra, uma distância semelhante entre as cidades de São Paulo e o Rio de Janeiro.
“Vamos continuar nossa pesquisa, porque nossa base de dados precisa ser melhorada. A partir de setembro vamos buscar informações sobre a temperatura no interior terrestre em Manaus (AM) e em Rondônia. Assim vamos determinar a velocidade exata do curso da água”, complementa o pesquisador do Observatório Nacional. (Fonte: Eduardo Carvalho/ Globo Natureza)
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
MAIOR ZONA PROTEGIDA DO PLANETA
Cinco países africanos criam maior área protegida do mundo.
Área de conservação corresponde à metade do território da França e ligará 14 parques nacionais e reservas naturais.
Cinco países da África Austral assinaram esta quinta-feira em Luanda um tratado criando uma ampla zona protegida, de tamanho correspondente à metade da França, nas bacias dos rios Zambeze e Okavango, que tem por vocação se transformar em um paraíso do ecoturismo.
A área protegida de Okavango-Zambeze, situada entre os territórios de Angola, Botsuana, Namíbia, Zâmbia e Zimbábue, deve permitir religar catorze parques nacionais e reservas naturais entre estes países, e, sobretudo, as Cataratas Victoria e o delta do Okavango.
"É a maior zona protegida com vocação turística do mundo", afirmaram seus promotores, durante a assinatura do tratato, à margem de uma cúpula da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), em Luanda.
O projeto tem por objetivo a conservação da biodiversidade, o desenvolvimento sustentável das comunidades locais, o estímulo ao ecoturismo e o compartilhamento dos recursos da região.
A região é rica em espécies raras, especialmente leopardos, cães selvagens africanos, rinocerontes e antílopes negros. Também é habitada por cerca de 250.000 elefantes.
Fonte: ultimosegundo.ig.com.br
Área de conservação corresponde à metade do território da França e ligará 14 parques nacionais e reservas naturais.
Cinco países da África Austral assinaram esta quinta-feira em Luanda um tratado criando uma ampla zona protegida, de tamanho correspondente à metade da França, nas bacias dos rios Zambeze e Okavango, que tem por vocação se transformar em um paraíso do ecoturismo.
A área protegida de Okavango-Zambeze, situada entre os territórios de Angola, Botsuana, Namíbia, Zâmbia e Zimbábue, deve permitir religar catorze parques nacionais e reservas naturais entre estes países, e, sobretudo, as Cataratas Victoria e o delta do Okavango.
"É a maior zona protegida com vocação turística do mundo", afirmaram seus promotores, durante a assinatura do tratato, à margem de uma cúpula da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), em Luanda.
O projeto tem por objetivo a conservação da biodiversidade, o desenvolvimento sustentável das comunidades locais, o estímulo ao ecoturismo e o compartilhamento dos recursos da região.
A região é rica em espécies raras, especialmente leopardos, cães selvagens africanos, rinocerontes e antílopes negros. Também é habitada por cerca de 250.000 elefantes.
Fonte: ultimosegundo.ig.com.br
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
SACOS PLÁSTICOS
Você vai a farmácia comprar seu desodorante, seu comprimido de dor de cabeça, ou seu anticoncepcional e leva o produto pra casa dentro de uma "sacolinha" plástica? Vai ao supermercado e ainda utiliza as sacolas plásticas fornecidas? Vai na banca de revistas para comprar seu jornal e o atendente coloca dentro de um saco plástico? Vai no mercadinho da esquina e compra um caixa de bombons e leva na "sacolinha"?Pense nessa caixa de bonbons por um minuto...cada um dos bombons (20 aproximadamente)vem enrolado num papel aluminio, que vem enrolado num plástico, que está dentro da caixa de papel e esta enrolada em outro plástico e você ainda pede uma sacola plástica pra levar para sua casa, depois joga isso tudo dentro de outras duas sacolas(comumente colocadas aos pares, pois diversas apresentam furos) que está no seu lixeiro e depois isso tudo vai parar num lixão (aterro sanitário é privilégio de poucas cidades do país). Bem, se você faz ao menos uma dessas ações já esta na hora de mudar de atitude, ou melhor, TER ATITUDE. Ah, mas eu não sei o que fazer tio!!Não sabe???Bom, a primeira ação que você pode ter:deixe suas sacolas de pano ou TNT(supondo que você já possua, caso contrário compre uma no próprio supermercado) dentro do carro, quando chegar no supermercado basta pega-las no banco traseiro ou no porta-malas (dica, ao chegar em casa para descarregar as compras, faça isso e em seguida coloque-as dentro do carro novamente para não esquecer). Melhor ainda seria ir a pé ou de bicicleta, mas enfim, deixemos esse assunto para outro dia.Segunda dica: Tio, fui na farmácia e a moça do caixa colocou meu "anti" na sacolinha e me entregou. Não tem problema algum, tire seu "produtinho" da sacolinha cordialmente e agradeça a gentileza, mas fale que você vai levar na mão mesmo ou no bolso, sem problema algum (eu já fiz isso diversas vezes e sepre arranquei sorrisos das atendentes ou do dono do estabelecimento dizendo "vou fazer uma economia para sua empresa", já estou até pensando em completar essa minha frase com ..."a natureza agradece"!). Melhor de tudo, caso você sinta-se envergonhado em tirar o produto da sacola, ao pedir o produto diga: "não precisa embalar, levo na mão mesmo." Ah Tio, mas só com isso não vai adiantar nada, os outros vão continuar fazendo a mesma coisa sempre e cada vez teremos mais e mais sacolas jogadas por aí. Não é bem assim, se você pode mudar as suas ações pode divulgar essa ideia para seus familiares e amigos (isso contagia, pode ter certeza), aí já são mais algumas que mudarão as suas ações. Além desses, o atendente da farmáci ou do mercadinho podem começar a pensar também, aí já somam-se outras tantas pessoas, cada uma fazendo a sua parte, assim podemos mudar muita coisa que está errada. Escrevo tudo isso pois são ações que a algum tempo já realizo e tento conscientizar outras pessoas a fazerem o mesmo, sem ser chato, obviamente. Abaixo publico uma reportagem sobre a campanha do Ministério do Meio Ambiente "SACO É UM SACO". Legal saber que o Ministério esta fazendo algo para mudar as suas escolhas.
Audiência pública debate redução do uso de sacos plásticos.
Aída Carla de Araújo
Lançada há dois anos, a campanha Saco é um Saco do Ministério do Meio Ambiente deu início a um movimento na sociedade brasileira, estimulando o cidadão a pensar no meio ambiente e em suas escolhas de consumo. Esse foi o tema da audiência pública realizada na Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (11/08). O debate sobre o uso de sacolas plásticas contou com a presença da secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, Samyra Crespo, com representantes de vários segmentos da sociedade.
"O debate foi excelente, veio muita informação dos setores da indústria e do comércio. Provocados pela audiência pública, os representantes desses e de outros segmentos da população trouxeram novas informações que vamos levar em consideração. Também é importante destacar que a campanha Saco é um Saco mostrou mais uma vez o seu impacto, provocando uma discussão madura sobre as escolhas que a sociedade brasileira vai fazer", comemorou a secretária.
A campanha Saco é um Saco foi lançada em 2009 e chama a atenção para os danos ambientais que o uso excessivo de sacolas plásticas tem causado ao planeta e ao cotidiano das pessoas. Antes da campanha, eram consumidas cerca de 18 bilhões de sacolas plásticas no País, e agora caiu para 7,6 bilhões (redução de 40%). Este propósito vai ao encontro dos conceitos de co-responsabilidade e destinação adequada de resíduos e rejeitos encontrados na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada em 2010.
Na esteira da bem-sucedida campanha sobre a redução do consumo de sacolas plásticas, o Ministério lançou em junho outra campanha nacional, Separe o Lixo e Acerte na Lata. O objetivo foi preparar a sociedade brasileira para uma mudança de comportamento em relação à coleta seletiva do lixo, ressaltando os benefícios ambientais, sociais e econômicos do reaproveitamento dos resíduos sólidos para o País.
Como parte da estratégia adotada pelo Ministério para a conscientização da população sobre os cuidados com o meio ambiente, uma das três peças da campanha nacional sobre a coleta seletiva foi apresentada na audiência pública. "Nós não poderemos mais nem produzir, nem consumir e nem descartar do modo como nós vínhamos fazendo. Esse questionamento não está sendo colocado pelo Ministério e nem pela Secretaria, mas em nível mundial. Por isso que vem aí uma Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável e a Economia Verde, em 2012, no Rio de Janeiro. O mundo está se preparando para fazer a transição tecnológica e ecológica. Quem não estiver olhando para esse cenário estará condenando seu próprio negócio", alertou a secretária.
Fonte: MMA
Audiência pública debate redução do uso de sacos plásticos.
Aída Carla de Araújo
Lançada há dois anos, a campanha Saco é um Saco do Ministério do Meio Ambiente deu início a um movimento na sociedade brasileira, estimulando o cidadão a pensar no meio ambiente e em suas escolhas de consumo. Esse foi o tema da audiência pública realizada na Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (11/08). O debate sobre o uso de sacolas plásticas contou com a presença da secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, Samyra Crespo, com representantes de vários segmentos da sociedade.
"O debate foi excelente, veio muita informação dos setores da indústria e do comércio. Provocados pela audiência pública, os representantes desses e de outros segmentos da população trouxeram novas informações que vamos levar em consideração. Também é importante destacar que a campanha Saco é um Saco mostrou mais uma vez o seu impacto, provocando uma discussão madura sobre as escolhas que a sociedade brasileira vai fazer", comemorou a secretária.
A campanha Saco é um Saco foi lançada em 2009 e chama a atenção para os danos ambientais que o uso excessivo de sacolas plásticas tem causado ao planeta e ao cotidiano das pessoas. Antes da campanha, eram consumidas cerca de 18 bilhões de sacolas plásticas no País, e agora caiu para 7,6 bilhões (redução de 40%). Este propósito vai ao encontro dos conceitos de co-responsabilidade e destinação adequada de resíduos e rejeitos encontrados na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada em 2010.
Na esteira da bem-sucedida campanha sobre a redução do consumo de sacolas plásticas, o Ministério lançou em junho outra campanha nacional, Separe o Lixo e Acerte na Lata. O objetivo foi preparar a sociedade brasileira para uma mudança de comportamento em relação à coleta seletiva do lixo, ressaltando os benefícios ambientais, sociais e econômicos do reaproveitamento dos resíduos sólidos para o País.
Como parte da estratégia adotada pelo Ministério para a conscientização da população sobre os cuidados com o meio ambiente, uma das três peças da campanha nacional sobre a coleta seletiva foi apresentada na audiência pública. "Nós não poderemos mais nem produzir, nem consumir e nem descartar do modo como nós vínhamos fazendo. Esse questionamento não está sendo colocado pelo Ministério e nem pela Secretaria, mas em nível mundial. Por isso que vem aí uma Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável e a Economia Verde, em 2012, no Rio de Janeiro. O mundo está se preparando para fazer a transição tecnológica e ecológica. Quem não estiver olhando para esse cenário estará condenando seu próprio negócio", alertou a secretária.
Fonte: MMA
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Fóssil Grávido
Descoberta de fóssil grávido revela mistério dos plesiossauros.
Pesquisadores descobriram que o plesiossauro, um réptil predador que vivia nos mares há mais de 78 milhões de anos, era uma mãe zelosa que dava à luz a filhotes vivos, ao invés de deixar ovos. O vilão dos mares da Era Mesozoica também cuidava da prole após o nascimento, assim como fazem hoje outros animais marinhos como as baleias e os golfinhos. A descoberta, que acabou com um mistério de 200 anos entre a comunidade científica, só foi possível graças ao achado de um fóssil grávido do animal, em uma fazenda no estado americano de Kansas. Atualmente o fóssil está em exposição no Museu de História Natural de Los Angeles.
“O ponto-chave é que os plesiossauros fizeram coisas de forma diferente do que os outros répteis marinhos, que tinham o padrão de reprodução dos répteis atuais, com um número maior de pequenos bebês. Os plesiossauros eram, neste sentido, aparentemente mais próximos de mamíferos e lagartos que vivem em grupo, dando origem a um ou alguns filhotes”, disse ao iG Frank O’Keefe da Universidade de Marshall, nos Estados Unidos e autor do estudo publicado hoje na Science(para ver o resumo do artigo acesse www.sciencemag.org/content/333/6044/870.abstract.
Os cientistas já desconfiavam que o corpanzil de cerca de 5 metros de comprimento do plesiossauro não era sinônimo de uma boa adaptação para longas escaladas na terra para colocar seus ovos ou construir ninhos, mas faltavam provas que confirmassem que o animal era de fato vivíparo. O fóssil de um animal (Polycotylus latippinus) prenhe era a prova que faltava.
O estudo identificou que o embrião era muito grande em comparação com o tamanho da mãe. “Era muito maior do esperávamos se compararmos com outros répteis dos dias de hoje”, disse. De acordo com O’Keefe, o fato de gerarem filhotes grandes pode ter desencadeado nos animais um comportamento mais semelhante ao de mamíferos e algumas espécies de lagartos.
“Nós especulamos que isto possa indicar que os plesiosauros exibiam cuidados maternais e comportamento social como o cuidado da prole após o nascimento e até mesmo quando fossem capazes de se alimentar sozinhos”, disse.
Mesmo assim, O’Keefe afirma que os plesiossauros, que não têm parentes conhecidos nos dias atuais, seja mais próximos dos mamíferos que dos répteis. “Plesiossauros são muito mais próximos em parentesco de lagartos, cobras e outros répteis mesmo apresentando comportamento semelhante ao de mamíferos”, disse.
Espera de 24 anos – O fóssil do plesiossauro prenhe foi descoberto em 1987 por Charles Bonner, dono de um rancho em Logan County, no Kansas. A descoberta se deu no meio oeste americano, pois, na Era Mesozóica, a configuração do planeta era diferente da atual. Havia um corpo de água na América do Norte formado a partir do encontro do oceano Ártico com o golfo do México.
A família Bonner se responsabilizou pela escavação e a retirada do fóssil. De acordo com O’Keefe, a família só deu conta do valor científico da peça após muito tempo e resolveu doá-la para o Museu de História Natural de Los Angeles, que por sua vez, também precisou buscar recursos para o estudo do fóssil. “Como muitas histórias estranhas da paleontologia, só então o fóssil passou a ser estudado. A retirada do fóssil é só a primeira etapa, ele precisou ir ao laboratório para ser preparado, passando pelo processo de liberação das pedras que rodeavam os ossos”, disse.
O fóssil de 78 milhões de anos mede cerca de 5 metros de comprimento. O esqueleto do embrião contém costelas, 20 vértebras, ossos dos ombros, bacia e da nadadeira.
“Encontrar fóssil de um animal prenhe é algo muito raro. É um fóssil verdadeiramente único, é algo espetacular e tenho muita sorte de poder estudá-lo”, disse.
Fonte: Maria Fernanda Ziegler/ Portal iG
O mais incrível desse trabalho é que a partir desse monte de ossos descobertos eles conseguem "remontar" o bicho e "dizer" como ele era. Agora se isso é realmente verdade, se ele realmente era assim mesmo, aí já é outra história!
Fonte das fotos: ultimosegundo.ig.com.br/ciencia
Pesquisadores descobriram que o plesiossauro, um réptil predador que vivia nos mares há mais de 78 milhões de anos, era uma mãe zelosa que dava à luz a filhotes vivos, ao invés de deixar ovos. O vilão dos mares da Era Mesozoica também cuidava da prole após o nascimento, assim como fazem hoje outros animais marinhos como as baleias e os golfinhos. A descoberta, que acabou com um mistério de 200 anos entre a comunidade científica, só foi possível graças ao achado de um fóssil grávido do animal, em uma fazenda no estado americano de Kansas. Atualmente o fóssil está em exposição no Museu de História Natural de Los Angeles.
“O ponto-chave é que os plesiossauros fizeram coisas de forma diferente do que os outros répteis marinhos, que tinham o padrão de reprodução dos répteis atuais, com um número maior de pequenos bebês. Os plesiossauros eram, neste sentido, aparentemente mais próximos de mamíferos e lagartos que vivem em grupo, dando origem a um ou alguns filhotes”, disse ao iG Frank O’Keefe da Universidade de Marshall, nos Estados Unidos e autor do estudo publicado hoje na Science(para ver o resumo do artigo acesse www.sciencemag.org/content/333/6044/870.abstract.
Os cientistas já desconfiavam que o corpanzil de cerca de 5 metros de comprimento do plesiossauro não era sinônimo de uma boa adaptação para longas escaladas na terra para colocar seus ovos ou construir ninhos, mas faltavam provas que confirmassem que o animal era de fato vivíparo. O fóssil de um animal (Polycotylus latippinus) prenhe era a prova que faltava.
O estudo identificou que o embrião era muito grande em comparação com o tamanho da mãe. “Era muito maior do esperávamos se compararmos com outros répteis dos dias de hoje”, disse. De acordo com O’Keefe, o fato de gerarem filhotes grandes pode ter desencadeado nos animais um comportamento mais semelhante ao de mamíferos e algumas espécies de lagartos.
“Nós especulamos que isto possa indicar que os plesiosauros exibiam cuidados maternais e comportamento social como o cuidado da prole após o nascimento e até mesmo quando fossem capazes de se alimentar sozinhos”, disse.
Mesmo assim, O’Keefe afirma que os plesiossauros, que não têm parentes conhecidos nos dias atuais, seja mais próximos dos mamíferos que dos répteis. “Plesiossauros são muito mais próximos em parentesco de lagartos, cobras e outros répteis mesmo apresentando comportamento semelhante ao de mamíferos”, disse.
Espera de 24 anos – O fóssil do plesiossauro prenhe foi descoberto em 1987 por Charles Bonner, dono de um rancho em Logan County, no Kansas. A descoberta se deu no meio oeste americano, pois, na Era Mesozóica, a configuração do planeta era diferente da atual. Havia um corpo de água na América do Norte formado a partir do encontro do oceano Ártico com o golfo do México.
A família Bonner se responsabilizou pela escavação e a retirada do fóssil. De acordo com O’Keefe, a família só deu conta do valor científico da peça após muito tempo e resolveu doá-la para o Museu de História Natural de Los Angeles, que por sua vez, também precisou buscar recursos para o estudo do fóssil. “Como muitas histórias estranhas da paleontologia, só então o fóssil passou a ser estudado. A retirada do fóssil é só a primeira etapa, ele precisou ir ao laboratório para ser preparado, passando pelo processo de liberação das pedras que rodeavam os ossos”, disse.
O fóssil de 78 milhões de anos mede cerca de 5 metros de comprimento. O esqueleto do embrião contém costelas, 20 vértebras, ossos dos ombros, bacia e da nadadeira.
“Encontrar fóssil de um animal prenhe é algo muito raro. É um fóssil verdadeiramente único, é algo espetacular e tenho muita sorte de poder estudá-lo”, disse.
Fonte: Maria Fernanda Ziegler/ Portal iG
O mais incrível desse trabalho é que a partir desse monte de ossos descobertos eles conseguem "remontar" o bicho e "dizer" como ele era. Agora se isso é realmente verdade, se ele realmente era assim mesmo, aí já é outra história!
Fonte das fotos: ultimosegundo.ig.com.br/ciencia
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
LEOPARDO-DAS-NEVES: UM DOS MAIS BELOS FELINOS DO MUNDO
Se você nunca ouviu falar nessa felino, busque fotos e vídeos na internet e observe suas grandes patas, sua cauda gigantesca e fique estarrecido com sua imponência. abaixo uma bela reportagem que fala de estudos com armadilhas fotográficas e colares com GPS instalados em alguns exemplares desta espécie. Depois de ler a reportagem, caso queira mais informações sobre o leopardo-das-neves pode acessar http://www.iucnredlist.org/apps/redlist/details/22732/0. Bom proveito.
Thomas McCarthy, diretor do programa dos leopardos-das-neves do grupo de conservação Panthera, passou quase duas décadas atravessando o absurdamente acidentado planalto himalaio para estudar um felino magnífico, densamente peludo e malhado que pode ser a aparição mais rara do mundo.
“Estou aqui no país do leopardo-das-neves durante metade de todos os anos”, disse McCarthy em uma obstinada conexão telefônica do Tadjiquistão, “e posso facilmente contar em uma mão as vezes que consegui ver um leopardo-das-neves”.
George Schaller, renomado biólogo e ambientalista e vice-presidente da Panthera, possui uma vasta experiência e reputação e é normalmente assertivo. “Coloquei coleiras de rádio em um par de leopardos-das-neves na Mongólia”, disse ele. “`O rádio me diz onde estão, vou para lá, olho e olho. Não vejo nada, a menos que o leopardo-das-neves resolva se mexer’’.
“Se um leopardo-das-neves repousa silenciosamente e não quer ser visto”, disse Schaller, “você não o verá”.
Para estudar leopardos-das-neves, disse McCarthy, “é preciso ser muito dedicado ou parcialmente louco, ou ambos”.
Apesar de todas as dificuldades, os loucos dedicados seguiram em frente e agora muito de sua pesquisa está esclarecendo questões sobre os felinos raros, misteriosos, alpinistas de gelo supremos e propriamente apelidados de ‘fantasma das montanhas’.
Usando armadilhas de câmeras sensíveis ao movimento engenhosamente montadas, cientistas acumularam um rico conjunto de imagens de leopardos-das-neves, permitindo que estimassem números de população, identificasse indivíduos e acompanhassem migrações.
Também conseguiram ter uma visão da rotina diária do felino, que parece envolver frequentes ações de marcação de território: esfregadas de rosto, borrifadas e cavagens de pequenos buracos no chão.
Admitidamente, o método de armadilha pode enriquecer as evidências de marcação de território dos animais: “Nossos guardas sabem que se câmeras forem alocadas em uma área que conduz um leopardo-das-neves para uma pedra, o instinto do animal o fará borrifar nela e ele será encontrado”, disse Peter Zahler, diretor representante para os programas da Ásia da Sociedade de Conservação da Vida Selvagem do Zoológico do Bronx.
Cientistas na sociedade de conservação publicaram na edição atual do The International Journal of Environmental Studies os resultados o que eles disseram que foi o primeiro registro fotográfico de leopardos-das-neves no Afeganistão.
Baseado em fotografias tiradas em 16 lugares pelo vasto e árido corredor Wakhan, do nordeste do Afeganistão, Anthony Simms e seus colegas sugeriram que a região, descrita por eles como “uma das paisagens montanhosas mais remotas e isoladas no mundo e um lugar de uma imensa beleza” poderia ser um impressionante santuário de leopardos-das-neves. “Ficamos surpresos com o número de detecções de leopardos-das-neves identificadas em nossa pesquisa”, disse Simms em uma entrevista. “É um sinal promissor de que podemos ter população mais saudável que a esperada aqui”.
Surpresas – Trabalhando no sul da Mongólia, pesquisadores da Panthera equiparam 14 leopardos-das-neves com sofisticadas coleiras GPS que transmitem a leituras de localização e movimentos para os computadores dos cientistas, várias vezes ao dia. “Os dados que estamos conseguindo são simplesmente incríveis”, disse McCarthy. “Os felinos estão usando imensas extensões de residência”, dez ou 20 vezes maiores que as estimativas anteriores. Histórias mais íntimas dos felinos também surgiram.
As coleiras diziam aos cientistas quando um leopardo-das-neves fêmea passava vários dias namorando um macho. Quase certamente, cerca de 14 semanas depois, a coleira da fêmea avisou que ela entrara em uma caverna propícia para ser um recanto para dar à luz.
Ruídos eletrônicos também levantaram dúvidas acerca do leopardo-das-neves, considerado um eremita antissocial. “Vimos dois machos sentados juntos comendo o mesmo jantar”, disse McCarthy. “Foi um verdadeiro choque para nós”. Além de relações de acasalamento e maternidade, disse ele, “leopardos-das-neves deveriam ser solitários”.
Mesmo com a ampla variedade de novas descobertas, cientistas ainda têm apenas uma vaga ideia de quantos leopardos-das-neves existem por aí, ou como estão sobrevivendo em um mundo cada vez mais humanizado e com falta de tolerância com outros mamíferos de grande porte que se recusam a ser domados.
Números são meros palpites – Esparsamente distribuídos pelas altas montanhas de uma dezena de cidades no sul e no centro da Ásia, leopardos-das-neves são considerados uma espécie ameaçada. Pesquisadores estimam que a população caiu pelo menos 20 por cento nos últimos 16 anos e agora está entre 4.500 e 7.500 exemplares livres mas, Schaller disse, “esses números são meros palpites”.
Leopardos-das-neves sempre foram raros, possuindo uma vantagem modesta sobre carnívoros aparentados, como tigres e leões, ao ocupar habitats difíceis nas copas das árvores, em solos aráveis e ao alcance de humanos.
Apesar do nome, são mais próximos dos tigres – Para os americanos, leopardos-das-neves talvez sejam os membros mais queridos do grupo de felinos grandes, grupo exclusivo que inclui tigres, leões, jaguares e leopardos. Leopardos-das-neves preservam a majestade e a elegância fluente e predatória de outros grandes felinos, incorporando aspectos da beleza do panda, um resultado eventual da adaptação ao frio.
Eles têm patas grandes e peludas para ajudá-los a se mover fácil e silenciosamente na neve, e uma cauda excepcionalmente comprida e larga que serve como agente de equilíbrio para saltar e como apoio em torno do rosto durante o sono. Apesar do nome, eles não são leopardos ou, de acordo com uma recente análise genética, parentes particularmente próximos dos leopardos.
De acordo com o que foi publicado no ano passado por William Murphy e Brian Davis da Texas A&M University, no jornal Molecular Phylogenetics & Evolution, a espécie mais próxima do leopardo-das-neves é o tigre. Porém esse parentesco acaba na balança. Segundo Patrick Thomas, curador de mamíferos no Zoológico do Bronx, enquanto um tigre macho adulto pode pesar 250 kg, um leopardo-das-neves macho raramente excede a casa de 45 a 55 kg – pouco mais que um cachorro de estimação grande.
Leopardos-das-neves não rugem ou ronronam, e suas vocalizações soam impressionantemente similares ao uivo do gato siamês. Como regra, leopardos-das-neves têm temperamento calmo e moderado. Ao contrário de muitos felinos de grande porte, disse Schaller, “não sei de nenhum caso de um leopardo-das-neves atacando ou matando pessoas”.
O mesmo, infelizmente não pode ser dito da pecuária humana. Acredita-se que uma das maiores ameaças ao leopardo-das-neves seja o crescente número de criadores de ovelhas e cabras que compartilham o território dos felinos, apenas ganhando a vida, que podem reagir a um felino caçador atirando nele ou espancando-o até a morte.
Utilizando leituras de DNA nas fezes do leopardo-das-neves para reconstruir o cardápio local do felino, pesquisadores observaram uma alta inconstância na incidência de caças de gado. Entre a população Wakhan no Afeganistão, leopardos-das-neves se mantêm firmemente em uma dieta de cabras-dos-alpes, carneiro Marco Polo e outras presas naturais.
Na Mongólia, pelo contrário, cerca de 22 por cento do consumo de leopardos-das-neves residentes consiste de ovelhas e cabras domésticas.
Conservacionistas estão trabalhando fortemente para confrontar o problema – ajudando camponeses a construir currais resistentes a predadores, organizando programas de seguros para compensar criadores por suas perdas ou buscar novas fontes de renda, atraindo turistas aventureiros em seu caminho.
Os turistas podem nunca ver um leopardo-das-neves, mais pelo menos seus dólares ajudarão a assegurar que os felinos estavam lá, observando-os silenciosamente. (Fonte: Portal iG
Thomas McCarthy, diretor do programa dos leopardos-das-neves do grupo de conservação Panthera, passou quase duas décadas atravessando o absurdamente acidentado planalto himalaio para estudar um felino magnífico, densamente peludo e malhado que pode ser a aparição mais rara do mundo.
“Estou aqui no país do leopardo-das-neves durante metade de todos os anos”, disse McCarthy em uma obstinada conexão telefônica do Tadjiquistão, “e posso facilmente contar em uma mão as vezes que consegui ver um leopardo-das-neves”.
George Schaller, renomado biólogo e ambientalista e vice-presidente da Panthera, possui uma vasta experiência e reputação e é normalmente assertivo. “Coloquei coleiras de rádio em um par de leopardos-das-neves na Mongólia”, disse ele. “`O rádio me diz onde estão, vou para lá, olho e olho. Não vejo nada, a menos que o leopardo-das-neves resolva se mexer’’.
“Se um leopardo-das-neves repousa silenciosamente e não quer ser visto”, disse Schaller, “você não o verá”.
Para estudar leopardos-das-neves, disse McCarthy, “é preciso ser muito dedicado ou parcialmente louco, ou ambos”.
Apesar de todas as dificuldades, os loucos dedicados seguiram em frente e agora muito de sua pesquisa está esclarecendo questões sobre os felinos raros, misteriosos, alpinistas de gelo supremos e propriamente apelidados de ‘fantasma das montanhas’.
Usando armadilhas de câmeras sensíveis ao movimento engenhosamente montadas, cientistas acumularam um rico conjunto de imagens de leopardos-das-neves, permitindo que estimassem números de população, identificasse indivíduos e acompanhassem migrações.
Também conseguiram ter uma visão da rotina diária do felino, que parece envolver frequentes ações de marcação de território: esfregadas de rosto, borrifadas e cavagens de pequenos buracos no chão.
Admitidamente, o método de armadilha pode enriquecer as evidências de marcação de território dos animais: “Nossos guardas sabem que se câmeras forem alocadas em uma área que conduz um leopardo-das-neves para uma pedra, o instinto do animal o fará borrifar nela e ele será encontrado”, disse Peter Zahler, diretor representante para os programas da Ásia da Sociedade de Conservação da Vida Selvagem do Zoológico do Bronx.
Cientistas na sociedade de conservação publicaram na edição atual do The International Journal of Environmental Studies os resultados o que eles disseram que foi o primeiro registro fotográfico de leopardos-das-neves no Afeganistão.
Baseado em fotografias tiradas em 16 lugares pelo vasto e árido corredor Wakhan, do nordeste do Afeganistão, Anthony Simms e seus colegas sugeriram que a região, descrita por eles como “uma das paisagens montanhosas mais remotas e isoladas no mundo e um lugar de uma imensa beleza” poderia ser um impressionante santuário de leopardos-das-neves. “Ficamos surpresos com o número de detecções de leopardos-das-neves identificadas em nossa pesquisa”, disse Simms em uma entrevista. “É um sinal promissor de que podemos ter população mais saudável que a esperada aqui”.
Surpresas – Trabalhando no sul da Mongólia, pesquisadores da Panthera equiparam 14 leopardos-das-neves com sofisticadas coleiras GPS que transmitem a leituras de localização e movimentos para os computadores dos cientistas, várias vezes ao dia. “Os dados que estamos conseguindo são simplesmente incríveis”, disse McCarthy. “Os felinos estão usando imensas extensões de residência”, dez ou 20 vezes maiores que as estimativas anteriores. Histórias mais íntimas dos felinos também surgiram.
As coleiras diziam aos cientistas quando um leopardo-das-neves fêmea passava vários dias namorando um macho. Quase certamente, cerca de 14 semanas depois, a coleira da fêmea avisou que ela entrara em uma caverna propícia para ser um recanto para dar à luz.
Ruídos eletrônicos também levantaram dúvidas acerca do leopardo-das-neves, considerado um eremita antissocial. “Vimos dois machos sentados juntos comendo o mesmo jantar”, disse McCarthy. “Foi um verdadeiro choque para nós”. Além de relações de acasalamento e maternidade, disse ele, “leopardos-das-neves deveriam ser solitários”.
Mesmo com a ampla variedade de novas descobertas, cientistas ainda têm apenas uma vaga ideia de quantos leopardos-das-neves existem por aí, ou como estão sobrevivendo em um mundo cada vez mais humanizado e com falta de tolerância com outros mamíferos de grande porte que se recusam a ser domados.
Números são meros palpites – Esparsamente distribuídos pelas altas montanhas de uma dezena de cidades no sul e no centro da Ásia, leopardos-das-neves são considerados uma espécie ameaçada. Pesquisadores estimam que a população caiu pelo menos 20 por cento nos últimos 16 anos e agora está entre 4.500 e 7.500 exemplares livres mas, Schaller disse, “esses números são meros palpites”.
Leopardos-das-neves sempre foram raros, possuindo uma vantagem modesta sobre carnívoros aparentados, como tigres e leões, ao ocupar habitats difíceis nas copas das árvores, em solos aráveis e ao alcance de humanos.
Apesar do nome, são mais próximos dos tigres – Para os americanos, leopardos-das-neves talvez sejam os membros mais queridos do grupo de felinos grandes, grupo exclusivo que inclui tigres, leões, jaguares e leopardos. Leopardos-das-neves preservam a majestade e a elegância fluente e predatória de outros grandes felinos, incorporando aspectos da beleza do panda, um resultado eventual da adaptação ao frio.
Eles têm patas grandes e peludas para ajudá-los a se mover fácil e silenciosamente na neve, e uma cauda excepcionalmente comprida e larga que serve como agente de equilíbrio para saltar e como apoio em torno do rosto durante o sono. Apesar do nome, eles não são leopardos ou, de acordo com uma recente análise genética, parentes particularmente próximos dos leopardos.
De acordo com o que foi publicado no ano passado por William Murphy e Brian Davis da Texas A&M University, no jornal Molecular Phylogenetics & Evolution, a espécie mais próxima do leopardo-das-neves é o tigre. Porém esse parentesco acaba na balança. Segundo Patrick Thomas, curador de mamíferos no Zoológico do Bronx, enquanto um tigre macho adulto pode pesar 250 kg, um leopardo-das-neves macho raramente excede a casa de 45 a 55 kg – pouco mais que um cachorro de estimação grande.
Leopardos-das-neves não rugem ou ronronam, e suas vocalizações soam impressionantemente similares ao uivo do gato siamês. Como regra, leopardos-das-neves têm temperamento calmo e moderado. Ao contrário de muitos felinos de grande porte, disse Schaller, “não sei de nenhum caso de um leopardo-das-neves atacando ou matando pessoas”.
O mesmo, infelizmente não pode ser dito da pecuária humana. Acredita-se que uma das maiores ameaças ao leopardo-das-neves seja o crescente número de criadores de ovelhas e cabras que compartilham o território dos felinos, apenas ganhando a vida, que podem reagir a um felino caçador atirando nele ou espancando-o até a morte.
Utilizando leituras de DNA nas fezes do leopardo-das-neves para reconstruir o cardápio local do felino, pesquisadores observaram uma alta inconstância na incidência de caças de gado. Entre a população Wakhan no Afeganistão, leopardos-das-neves se mantêm firmemente em uma dieta de cabras-dos-alpes, carneiro Marco Polo e outras presas naturais.
Na Mongólia, pelo contrário, cerca de 22 por cento do consumo de leopardos-das-neves residentes consiste de ovelhas e cabras domésticas.
Conservacionistas estão trabalhando fortemente para confrontar o problema – ajudando camponeses a construir currais resistentes a predadores, organizando programas de seguros para compensar criadores por suas perdas ou buscar novas fontes de renda, atraindo turistas aventureiros em seu caminho.
Os turistas podem nunca ver um leopardo-das-neves, mais pelo menos seus dólares ajudarão a assegurar que os felinos estavam lá, observando-os silenciosamente. (Fonte: Portal iG
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Rato velho vira morcego?
Alguém certamente já ouviu dizer que rato velho vira morcego, pois é, não é bem assim que acontece. Vou aproveitar a notícia abaixo para explicar essa "lenda".Morcegos detectam sangue por radiação infravermelha.
O morcego hematófago, também chamado de vampiro, não chega até o alimento pelo odor de seu sangue, mas pelo calor que ele emite sob a pele. Pesquisadores descobriram que a espécie presente em todo o México e América do Sul identifica radiações infravermelhas proveniente das veias sanguíneas dos outros animais ao seu redor. Isto tudo graças a alterações nos nervos faciais do morcego.
Essa qualidade genética do vampiro comum explica sua capacidade de detectar uma fonte de calor a 20 centímetros de distância e “de distinguir o local onde as veias são mais próximas da superfície da pele”, estima David Julius, especialista em biologia molecular da Universidade da Califórnia em São Francisco, autor do estudo.
Os especialistas já sabiam que o morcego localiza a vítima adormecida guiando-se pelo som de sua respiração, como parecem indicar os ataques repetidos a cabeças de gado. Mas não tinham conhecimento sobre os mecanismos usados para acertar com tanta precisão o alimento, tirando mais de duas colheres de sopa de sangue dos animais.
Todos os mamíferos possuem grande quantidade de receptores que reagem a diversos estímulos externos: mecânicos, térmicos ou químicos. Um desses receptores, uma proteína batizada TRPV1, se ativa quando a temperatura ultrapassa os 43° C, o que permite, principalmente, alertar o sistema nervoso central, em caso de calor doloroso, com risco de queimadura. Esse receptor é também responsável pela sensação de queimadura causada pela ingestão de pimenta ou o sol, destaca David Julius. Porém, o vampiro comum (Desmodus rotundus) desenvolveu, durante sua evolução, um uso único e desconhecido, até então, desta proteína.
Tudo se passa em três cavidades situadas no focinho do vampiro, que contribuiu para lhe dar uma reputação assustadora. Além da TRPV1 habitual, este morcego produz grande quantidade de uma versão menor desta proteína (TRPV1-S) que se ativa a uma temperatura muito mais baixa, em torno de 30° C. Uma particularidade genética que se encontra numa espécie de morcegos (Carollia brevicauda), que se nutre de frutas e não tem, assim, nenhuma necessidade de um sentido térmico muito desenvolvido.
Segundo o estudo, publicado na revista científica Nature, a variante é quase ausente nas outras espécies de morcegos, que consomem frutas, néctar ou insetos, revela David Julius.
Geneticamente mais próximo dos cães – O estudo confirma também análises moleculares recentes demonstrando que o morcego é geneticamente mais próximo dos cães, das vacas e das toupeiras que de humanos e roedores, ao contrário do que se acreditava numa classificação de espécies baseada em critérios puramente anatômicos.
Cães, vacas, porcos e toupeiras, que pertencem ao grupo das Laurasiatheria, como os cavalos e os golfinhos, têm, com efeito, o potencial genético para produzir esta variante curta da TRVP1. Os coelhos, ratos, macacos e humanos (grupo das Euarchontoglires) são totalmente incapazes disso.
No ano passado, David Julius já havia explicado como algumas serpentes (jibóias, pítons e crótolos) desenvolveram um sentido de infravermelho, a partir de variante de uma outra proteína receptora, TRPA1, que não é, no entanto, habitualmente sensível ao calor. (Fonte: Portal iG).
Como vocês puderam ler, os morcegos são mais próximos de cães e das vacas do que dos roedores (ratos). Mas de onde veio a história que rato velho vira morcego?Pois bem, ratos e morcegos compartilham alguns locais de "moradia" (Ex. sótãos, cavernas, galpões utilizados para guardar grãos, etc). Estes locais, além de servirem de abrigo a roedores e morcegos servem para alimentação (principalmente para os roedores que se alimentam dos grãos e, para algumas espécies de morcegos que são carnívoras(Chrotopterus auritus) que podem se alimentar de algum roedor. Além disso, a "lenda" deve ter surgido com algumas pessoas que viam os roedores entrando ou transitando nesses abrigos durante o dia e ao anoitecer percebiam que os morcegos saiam voando. Você sabe mais alguma lenda desse tipo?Compartilhe conosco.
O morcego hematófago, também chamado de vampiro, não chega até o alimento pelo odor de seu sangue, mas pelo calor que ele emite sob a pele. Pesquisadores descobriram que a espécie presente em todo o México e América do Sul identifica radiações infravermelhas proveniente das veias sanguíneas dos outros animais ao seu redor. Isto tudo graças a alterações nos nervos faciais do morcego.
Essa qualidade genética do vampiro comum explica sua capacidade de detectar uma fonte de calor a 20 centímetros de distância e “de distinguir o local onde as veias são mais próximas da superfície da pele”, estima David Julius, especialista em biologia molecular da Universidade da Califórnia em São Francisco, autor do estudo.
Os especialistas já sabiam que o morcego localiza a vítima adormecida guiando-se pelo som de sua respiração, como parecem indicar os ataques repetidos a cabeças de gado. Mas não tinham conhecimento sobre os mecanismos usados para acertar com tanta precisão o alimento, tirando mais de duas colheres de sopa de sangue dos animais.
Todos os mamíferos possuem grande quantidade de receptores que reagem a diversos estímulos externos: mecânicos, térmicos ou químicos. Um desses receptores, uma proteína batizada TRPV1, se ativa quando a temperatura ultrapassa os 43° C, o que permite, principalmente, alertar o sistema nervoso central, em caso de calor doloroso, com risco de queimadura. Esse receptor é também responsável pela sensação de queimadura causada pela ingestão de pimenta ou o sol, destaca David Julius. Porém, o vampiro comum (Desmodus rotundus) desenvolveu, durante sua evolução, um uso único e desconhecido, até então, desta proteína.
Tudo se passa em três cavidades situadas no focinho do vampiro, que contribuiu para lhe dar uma reputação assustadora. Além da TRPV1 habitual, este morcego produz grande quantidade de uma versão menor desta proteína (TRPV1-S) que se ativa a uma temperatura muito mais baixa, em torno de 30° C. Uma particularidade genética que se encontra numa espécie de morcegos (Carollia brevicauda), que se nutre de frutas e não tem, assim, nenhuma necessidade de um sentido térmico muito desenvolvido.
Segundo o estudo, publicado na revista científica Nature, a variante é quase ausente nas outras espécies de morcegos, que consomem frutas, néctar ou insetos, revela David Julius.
Geneticamente mais próximo dos cães – O estudo confirma também análises moleculares recentes demonstrando que o morcego é geneticamente mais próximo dos cães, das vacas e das toupeiras que de humanos e roedores, ao contrário do que se acreditava numa classificação de espécies baseada em critérios puramente anatômicos.
Cães, vacas, porcos e toupeiras, que pertencem ao grupo das Laurasiatheria, como os cavalos e os golfinhos, têm, com efeito, o potencial genético para produzir esta variante curta da TRVP1. Os coelhos, ratos, macacos e humanos (grupo das Euarchontoglires) são totalmente incapazes disso.
No ano passado, David Julius já havia explicado como algumas serpentes (jibóias, pítons e crótolos) desenvolveram um sentido de infravermelho, a partir de variante de uma outra proteína receptora, TRPA1, que não é, no entanto, habitualmente sensível ao calor. (Fonte: Portal iG).
Como vocês puderam ler, os morcegos são mais próximos de cães e das vacas do que dos roedores (ratos). Mas de onde veio a história que rato velho vira morcego?Pois bem, ratos e morcegos compartilham alguns locais de "moradia" (Ex. sótãos, cavernas, galpões utilizados para guardar grãos, etc). Estes locais, além de servirem de abrigo a roedores e morcegos servem para alimentação (principalmente para os roedores que se alimentam dos grãos e, para algumas espécies de morcegos que são carnívoras(Chrotopterus auritus) que podem se alimentar de algum roedor. Além disso, a "lenda" deve ter surgido com algumas pessoas que viam os roedores entrando ou transitando nesses abrigos durante o dia e ao anoitecer percebiam que os morcegos saiam voando. Você sabe mais alguma lenda desse tipo?Compartilhe conosco.
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
FÊMEA USA GEMIDOS PARA MANIPULAR MACHOS
Alce fêmea usa gemidos para ‘manipular’ machos.
Alces fêmeas podem ser capazes de manipular machos enamorados incitando brigas entre machos rivais por meio de gemidos, segundo pesquisadores. Já se sabia anteriormente que as fêmeas produziam “gemidos de protesto” em resposta aos avanços dos machos.
Cientistas da Universidade do Estado de Idaho, nos Estados Unidos, descobriram que as fêmeas gemem mais quando são abordadas por machos menores e que isso provoca brigas com machos maiores.
Segundo a pesquisa, publicada na revista científica Behavioural Ecology and Sociobiology, as fêmeas podem ter mais controle sobre a escolha de parceiros do que se imaginava anteriormente.
Aproximações – Os alces são animais poligínicos, o que significa que um macho copula com várias fêmeas, mas cada fêmea tem apenas um parceiro macho.
A reprodução ocorre durante o outono, quando os machos competem pelas fêmeas, resultando em ferozes batalhas.
Os pesquisadores observaram os alces durante esse período no Parque Nacional Denali, no Alasca.
“As fêmeas davam gemidos de protesto com mais frequência em resposta à aproximação de machos pequenos, apesar de os machos maiores se envolverem em mais aproximações”, afirma o coordenador do estudo, Terry Bowyer.
Escolha – O especialista, que vem estudando os alces nessa região desde a década de 1980, percebeu que o gemido das fêmeas tinha um propósito duplo.
“Esse comportamento das fêmeas as ajuda a evitar o assédio de machos menores, mas também provocava brigas entre os machos maiores, afirma.
“A agressão dos machos era mais comum quando as fêmeas davam gemidos de protesto do que quando não davam, indicando que essa vocalização incite a agressão entre os machos”, observa.
Segundo Bowyer, a pesquisa também indica que as fêmeas de alce poderiam provocar propositalmente brigas entre os machos como uma forma de escolher seus parceiros.
“Os gemidos de protesto permitem às fêmeas exercer alguma escolha em um sistema de acasalamento no qual os machos restringem essa escolha por meio do combate com outros machos”, disse ele à BBC.
Para Bowyer, a escolha das fêmeas pode ter sido subestimada porque era “escondida” pelos combates entre os machos.
“Acreditamos que a escolha feminina é um componente mais importante dos sistemas de acasalamento em mamíferos poligínicos do que se pensava anteriormente”, conclui ele. (Fonte: Portal iG)
Alces fêmeas podem ser capazes de manipular machos enamorados incitando brigas entre machos rivais por meio de gemidos, segundo pesquisadores. Já se sabia anteriormente que as fêmeas produziam “gemidos de protesto” em resposta aos avanços dos machos.
Cientistas da Universidade do Estado de Idaho, nos Estados Unidos, descobriram que as fêmeas gemem mais quando são abordadas por machos menores e que isso provoca brigas com machos maiores.
Segundo a pesquisa, publicada na revista científica Behavioural Ecology and Sociobiology, as fêmeas podem ter mais controle sobre a escolha de parceiros do que se imaginava anteriormente.
Aproximações – Os alces são animais poligínicos, o que significa que um macho copula com várias fêmeas, mas cada fêmea tem apenas um parceiro macho.
A reprodução ocorre durante o outono, quando os machos competem pelas fêmeas, resultando em ferozes batalhas.
Os pesquisadores observaram os alces durante esse período no Parque Nacional Denali, no Alasca.
“As fêmeas davam gemidos de protesto com mais frequência em resposta à aproximação de machos pequenos, apesar de os machos maiores se envolverem em mais aproximações”, afirma o coordenador do estudo, Terry Bowyer.
Escolha – O especialista, que vem estudando os alces nessa região desde a década de 1980, percebeu que o gemido das fêmeas tinha um propósito duplo.
“Esse comportamento das fêmeas as ajuda a evitar o assédio de machos menores, mas também provocava brigas entre os machos maiores, afirma.
“A agressão dos machos era mais comum quando as fêmeas davam gemidos de protesto do que quando não davam, indicando que essa vocalização incite a agressão entre os machos”, observa.
Segundo Bowyer, a pesquisa também indica que as fêmeas de alce poderiam provocar propositalmente brigas entre os machos como uma forma de escolher seus parceiros.
“Os gemidos de protesto permitem às fêmeas exercer alguma escolha em um sistema de acasalamento no qual os machos restringem essa escolha por meio do combate com outros machos”, disse ele à BBC.
Para Bowyer, a escolha das fêmeas pode ter sido subestimada porque era “escondida” pelos combates entre os machos.
“Acreditamos que a escolha feminina é um componente mais importante dos sistemas de acasalamento em mamíferos poligínicos do que se pensava anteriormente”, conclui ele. (Fonte: Portal iG)
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Safáris Ilegais no Pantanal Sul Matogrossense
Uma das minhas ideias quando resolvi criar este blog, além das já mencionadas no cabeçalho é de denunciar as diversas formas de crimes que ocorrem na nossa sociedade.Os safáris que ocorrem pelo país não são nenhuma novidade para pessoas que trabalham com o meio ambiente. Apesar de eu ser favorável a caça (obviamente que não do jeito que ocorre aqui no Brasil, mas sim com controle, com estudos que mostrem que a caça possa ocorrer de uma maneira sustentável, gerando recursos para a conservação de áreas de caças e principalmente para a conservação das espécies cinegéticas e de diversas outras) essa caça indiscriminada que acontece deve ser proibida e os responsáveis devem ser presos, sem direito a fiança, uma vez que trata-se de homcídio doloso. Segue a notícia publicada hoje sobre a "fazendeira" Beatriz Rondon.
PF começa a ouvir suspeitos de safáris ilegais no Pantanal de MS.
Nesta semana, a Polícia Federal (PF) começa a ouvir os suspeitos de participar e organizar safáris ilegais no Pantanal de Mato Grosso do Sul, onde a principal atração é a matança de onças. O delegado que investiga o caso, Alexandre do Nascimento, informou nesta segunda-feira (1º) ao G1 que serão interrogados a fazendeira Beatriz Rondon, o caçador Antônio Teodoro, conhecido como Tonho da Onça e um piloto de avião, entre outros suspeitos.
Na sexta-feira (29) a polícia cumpriu seis mandados de busca e apreensão em quatro cidades, sendo três em Mato Grosso do Sul e uma em Mato Grosso. Durante o cumprimento de um dos mandados no município de Aquidauana, distante 143 quilômetros de Campo Grande, Rondon foi presa por posse de armas, mas foi liberada no início da tarde após pagar fiança de R$ 27 mil.
De acordo com Nascimento, os mandados foram desdobramentos da Operação Jaguar 2, deflagrada em maio deste ano por conta de um vídeo que revelou em detalhes como era feita a matança de onças pintadas e pardas. À época, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) revelou que os safáris ilegais eram vendidos como um atração turística para estrangeiros que chegavam a pagar US$ 40 mil.
O advogado da fazendeira, René Siufi, diz que sua cliente nega as acusações de participação e promoção dos safáris ilegais. Á época, o caçador conhecido como Tonho da Onça afirmou que é inocente e que o vídeo é antigo e mostra imagens de 20 anos atrás.
As peles e chifres de animais, além de armas e munições aprendidas na operação foram encaminhadas para a perícia. O delegado informou que ainda não definiu se os interrogatórios serão realizados na sede da PF em Campo Grande, ou em Corumbá, onde está sendo feita a investigação.
Crimes – Ainda segundo Nascimento, o inquérito que investiga o caso deve ser finalizado em 30 dias. Os suspeitos devem ser indiciados por crime ambiental, formação de quadrilha, porte ilegal de arma de fogo e tráfico internacional de armas e munições. (Fonte: Tatiane Queiroz/ G1)
PF começa a ouvir suspeitos de safáris ilegais no Pantanal de MS.
Nesta semana, a Polícia Federal (PF) começa a ouvir os suspeitos de participar e organizar safáris ilegais no Pantanal de Mato Grosso do Sul, onde a principal atração é a matança de onças. O delegado que investiga o caso, Alexandre do Nascimento, informou nesta segunda-feira (1º) ao G1 que serão interrogados a fazendeira Beatriz Rondon, o caçador Antônio Teodoro, conhecido como Tonho da Onça e um piloto de avião, entre outros suspeitos.
Na sexta-feira (29) a polícia cumpriu seis mandados de busca e apreensão em quatro cidades, sendo três em Mato Grosso do Sul e uma em Mato Grosso. Durante o cumprimento de um dos mandados no município de Aquidauana, distante 143 quilômetros de Campo Grande, Rondon foi presa por posse de armas, mas foi liberada no início da tarde após pagar fiança de R$ 27 mil.
De acordo com Nascimento, os mandados foram desdobramentos da Operação Jaguar 2, deflagrada em maio deste ano por conta de um vídeo que revelou em detalhes como era feita a matança de onças pintadas e pardas. À época, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) revelou que os safáris ilegais eram vendidos como um atração turística para estrangeiros que chegavam a pagar US$ 40 mil.
O advogado da fazendeira, René Siufi, diz que sua cliente nega as acusações de participação e promoção dos safáris ilegais. Á época, o caçador conhecido como Tonho da Onça afirmou que é inocente e que o vídeo é antigo e mostra imagens de 20 anos atrás.
As peles e chifres de animais, além de armas e munições aprendidas na operação foram encaminhadas para a perícia. O delegado informou que ainda não definiu se os interrogatórios serão realizados na sede da PF em Campo Grande, ou em Corumbá, onde está sendo feita a investigação.
Crimes – Ainda segundo Nascimento, o inquérito que investiga o caso deve ser finalizado em 30 dias. Os suspeitos devem ser indiciados por crime ambiental, formação de quadrilha, porte ilegal de arma de fogo e tráfico internacional de armas e munições. (Fonte: Tatiane Queiroz/ G1)
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